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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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14.10.21

Weiwei-ismos


The Travellight World

“Rapture” é a maior mostra europeia do artista e ativista contemporâneo chinês Ai Weiwei.
A exposição reúne 85 obras, entre instalações e esculturas de grande, médio e pequeno porte, além de vídeos / filmes e fotos.

Está dividida em dois temas: o lado da fantasia, onde se explora a busca pelo imaginário e outro que aborda a realidade e nos pede para refletir sobre questões de ordem política, social e ambiental.

Encontra-se em cartaz em Lisboa, na Cordoaria Nacional até dia 28 de Novembro de 2021.

Vale a pena visitar. Se ainda não viram não percam!

fullsizeoutput_5ea8Foto: Travellight |  Exposição Ai Weiwei, Rapture. Cordoaria Nacional

 

Penso que a arte é certamente o veículo para desenvolvermos novas ideias, para sermos criativos, para ampliar a nossa imaginação, para mudar as condições atuais.  — Ai Weiwei

 

Collage_Fotor ai weiweiFoto: Travellight |  Exposição Ai Weiwei, Rapture. Cordoaria Nacional

 

A estupidez pode vencer por um momento, mas nunca pode realmente triunfar, porque a natureza dos humanos é procurar a liberdade. Os governantes podem adiar essa liberdade, mas não a podem impedir.  — Ai Weiwei

 

fullsizeoutput_5eabFoto: Travellight |  Exposição Ai Weiwei, Rapture. Cordoaria Nacional

 

Uma sociedade que não tem ideias, que descarta os princípios do humanitarismo, que abandona os direitos fundamentais e a dignidade da humanidade, só pode sobreviver negando a verdade, a equidade e a justiça. — Ai Weiwei

 

fullsizeoutput_5eacFoto: Travellight |  Exposição Ai Weiwei, Rapture. Cordoaria Nacional

 

Muito poucas pessoas sabem por que é que a arte vende tanto. Nem eu sei. — Ai Weiwei

 

 

13.10.21

Empatia é ver o mundo com os olhos dos outros


Marco

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Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.

Por Carl Rogers 

Com a pandemia fez grandes alterações nas nossas vidas e nas nossas rotinas, tivemos que nos adaptar, e agora com o “fim das restrições” a tendência é que as nossas vidas voltem ao antigo normal.

Muita dessas restrições levara-nos a novos comportamentos, como o distanciamento social, deixamos de ver os nossos amigos, familiares e colegas, tem colegas que ainda não vi, desde que fomos mandados para casa, mas, no entanto, falamos todos dos dias. Com todas aquelas restrições senti-me oprimido e os níveis de ansiedade dispararam, e hoje tenho mais dificuldade, em conviver com os outros nem sei como vai ser o regresso ao escritório.

A empatia é importante, não apenas pelos outros, mas também por nós próprios. Ter empatia com os outros pode nos ajudar a estimular a conexão social e aumentar os nossos comportamentos de ajuda do próximo, e pode-nos ajudar a melhorar a capacidade de regular as emoções de stress e ansiedade, por vezes desenvolvidos ou agravados pela pandemia.

Com a minha ilustração tentei criar uma imagem que transmitisse a empatia pelo o outro, espero ter conseguido transmitir isso, também achei importante dar continuação ao tema levantado pela Rita PN e um obrigado por me ter inspirado.

Visitem o post da Rita PN aqui Nós e o outro e a empatia.

 

12.10.21

A minha fé!


Ana Mestre

Olá! Quem anda por aqui à algum tempo, muitos conhecem-me pessoalmente, sabem da minha devoção!

Quem não sabe, ficará hoje a saber.

Como já repararam na minha página há de tudo, coisas parvas, coisas sérias, tristezas e alegrias, até uma batata.

Posto isto, passo a falar do tema que hoje me trouxe aqui:

A minha fé é a fé de tantos outros! Costumo dizer que tenho uma fé muito própria, uma fé muito minha, e isso não me faz melhor é nem pior do que os outros. Faz-me quanto muito, diferente.

Nunca fui à catequese, nunca fui habituada a ir à missa, nunca me confessei e não sinto necessidade disso.

Os meus pecados sei quais são e serão julgados por quem de direito. Não é pelo facto de ir à missa que me faz acreditar mais ou menos em Deus ou modificar a minha fé.

Toda a vida ouvi falar da Senhora que tinha aparecido aos pastorinhos. Nunca me foi incutida a obrigação de acreditar. Na minha adolescência li muito do que se escreveu sobre as aparições, bom e mau e já adulta resolvi que queria ir a Fátima.

Fui, Senti e Acreditei! Nunca lhe pedi um milagre (espero nunca pedir), apenas lhe agradeço.

Quero um dia fazer a minha viagem espiritual e ir a pé como peregrina, não para pedir, apenas para agradecer.

Respeito quem não acredita e exijo que respeitem a minha fé!

Beijinhos a todos!

Ana Mestre

 

Ps. Este texto já estava escrito e neste momento tenho uma promessa para pagar... Vou cumprir a seu tempo... Hoje e amanhã são dias importantes para o culto mariano, quem acredita e é devoto sabem do que falo!

11.10.21

A Triste “Justiça” À LA Carte…


Filipe Vaz Correia

 

 

 

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Esta semana desabafo nesta SardinhaSemlata sobre um tema que me causou inquietação e indignação.

A justiça, essa feita de letra pequena, sem preocupações com a forma ou a substância, apenas entregue a jogos mediáticos para o dito e momentâneo contentamento popular.

Depois do fiasco com a fuga de João Rendeiro, a justiça Portuguesa resolveu rever as medidas de coacção de outros arguidos e condenados neste processo BPP...

E muito bem.

Assim, notificaram o antigo administrador Paulo Guichard e ordenaram a sua presença em tribunal na sexta-feira, sendo que este se encontrava no Brasil há dez anos, tendo de regressar propositadamente para este efeito.

O dito senhor, que faço questão de salientar não conheço de lado algum nem a ninguém de sua família, regressou assim a Portugal na última quinta-feira a tempo de se apresentar para aquilo que todos sabíamos, inclusive o próprio, iria ser a sua prisão.

Saído do avião, no aeroporto do Porto, tinha à sua espera a Policia Judiciária para o deter e levar para os calabouços da PJ.

Questões que me ocorreram:

Porquê?

O senhor estaria atrasado?

Não tinha sido notificado para se apresentar no dia seguinte?

Não sabemos...

Estavam com medo do perigo de fuga?

Ai deste é que tinham medo do perigo de fuga!

Será que têm a coragem de alegar o perigo de fuga para alguém que regressa do Brasil para Portugal sabendo o que o esperava?

"Isto é tão estúpido como pequeno, tão indigno como estapafúrdio."  Apenas afirmação insistente que gritava pulmões a dentro num silencioso e gigante pensamento.

Esta tentativa de agradar à opinião pública, histericamente sedenta de sangue após a fuga de Rendeiro, leva a justiça ou melhor alguns juízes a serem capazes de tudo, numa incessante busca pela aparência de credibilidade.

O senhor Guichard não precisa que o defenda, aliás não o estou a fazer, não necessita que o desculpe pelos crimes que segundo o julgamento cometeu e por essa razão deve cumprir a pena que lhe foi decretada.

Agora transformar o acto de sua entrega, a legítima vontade de se entregar marcando a diferença para quem fugiu, num triste espetáculo de autoritarismo bacoco demonstra o quão podre está a nossa Justiça.

Infelizmente estes pecadilhos tornam tão indigno o acto de justiça como o acto de outros que ousaram fugir, pois confere uma certa legitimação da humilhação,  dando sustentação àqueles que olhando para a Justiça Comezinha preferem expressar bem longe a sua desconfiança do sistema.

Por fim uma questão não me deixou de inquietar:

Não sei se vindo através dos serviços prisionais do Porto para Lisboa não terá, o senhor Guichard, chegado atrasado ao Campus de Justiça na sexta-feira.

Se calhar mais valia ter vindo de Alfa Pendular...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

 

10.10.21

Juízes


O ultimo fecha a porta

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Esta semana, foi anunciada a expulsão da magistratura do juíz negacionista que insultou polícias, num episódio medieval e inqualificável.  Polícias que por sinal estavam impávidos e serenos a ouvir desconsiderações - se fosse um mendigo, reagiriam da mesma forma?

Adinate, uma expulsão que não é mais do que um despedimento. Haverá lugar a indemnização? Depende como se queria controlar os danos.

 

O despedimento era a única opção possível, mas fica a questão: que imagem deixam os juízes num espaço muito curto de tempo onde assistismos assim de memória ao:

i) festival de José Sócrates, com um juíz a reverter as decisões do seu colega;

ii) ao juíz Neto Moura que recorre a outro machismo medieval;

iii) à juíza que não acautelou o perigo de fuga de João Rendeiro;

iv) à lentidão da justiça com crimes a prescrever (além de João Rendeiro, lembro-me também de Vale Azevedo)

 

Fica a sensação de uma certa ausência de escrutínio onde cada uma faz o que quer, uma justiça para ricos e pobres e sobretudo muito lenta. Propositado ou não, há um problema crónico que tarda em ser resolvido, governo após govern, ano após ano: a lentidão.