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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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04.10.21

“Nós Cancelamos Unidos” O 5 de Outubro Em Vila Do Conde…


Filipe Vaz Correia

 

 

 

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Meus queridos amigos de Vila do Conde, serve este texto para vos alertar para o cancelamento da festa do 5 de Outubro nesse Município.

Convites haviam sido enviados, tudo estava preparado, mas uma hecatombe aconteceu, o que levará ao cancelamento deste feriado Nacional.

Quer dizer... cancelamento do feriado ainda não, agora dos festejos ai da terra...

Isso sim.

Mas caiu um raio em Vila do Conde?

Uma nave espacial aterrou nessa localidade?

Pediram a independência e já não fazem parte do território Português?

Calma meus amigos, percebo a inquietação mas posso assegurar que nenhuma destas razões foi a que motivou tamanha alteração a esta época festiva.

Elisa Ferraz, a presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, perdeu as eleições e por essa razão resolveu cancelar os festejos do 5 de Outubro.

Diz a senhora que não sente que possa representar o Município visto ter perdido as eleições, uma espécie daquele menino que leva a bola para o colégio e estando a perder recolhe a bola e não deixa mais ninguém jogar.

Aqui é bem pior...

Pois nem a bola é da senhora nem me parece que esta ainda esteja em idade de colégios.

Mas enfim, esta é a posição da estimada Elisa Ferraz do movimento independente "Nós Avançamos Unidos" que agora após a derrota parece ter mudado o nome para...

"Nós Cancelamos Unidos".

Esperemos que o nosso Medina, atenção Lisboetas, não se recorde de igual amuanço.

Em Vila de Conde sobra o contentamento da senhora edil ter deixado, mesmo assim, o feriado no calendário.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

 

03.10.21

Abstenção


O ultimo fecha a porta

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A abstenção política é aquela palavra que só se pronuncia no dia das eleições.

No dia a seguir já se esquece.

Todos somos consensuais que a temos de combater pela importância do voto nos destinos da nação e da nossa sociedade.

 

Nestas autárquicas tornamos a ter números elevados o que é preocupante. É um cliché mas é verdade.

Existem "sempre" várias razões especificas: a data das eleições; a meteorologia - ou porque chove, ou porque está calor; agora é a pandemia. Mais uma vez a pandemia a ser "bode expiatório" para tudo. Para ir para a noite ou para jantaradas sem máscara não há pandemia, mas para ir votar já há. 

Mas será que olhamos para a imagem completa?

 

Reparei que ao contrário das presidenciais, o Facebook não apelou ao voto e sobretudo nas televisões falou-se pouco dos problemas locais.

Dois debates apenas em sinal aberto para o Porto e Lisboa.

A campanha foi monopolizada pela bazuca e por altos responsáveis políticos a falarem sempre do mesmo assunto. Algo que não chega ao cidadão comum, nem às suas reais necessidades do dia a dia. Esta é uma das grandes razões pelas quais as pessoas se alheias e se desinteressam: os políticos estão longe da população. Pensam muito no seu umbigo.

Achei também curioso o voto "útil": a arrogância e as vitórias cantadas levaram algumas pessoas a ir às urnas só para darem uma lição de fair play. 

Só no dia das eleições se sabe o resultado e cada voto conta. É aqui a mensagem que quero passar: não devemos deixar nas mãos dos outros o nosso destino. 

01.10.21

Squid game, o jogo da Lula.


JB

 

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É o fenómeno mais recente da Netflix. Uma série para maiores de 16 anos que tem provocado um intenso debate. Uma produção muito bem sucedida (provavelmente o maior êxito comercial de sempre da Netflix) que segundo as notícias mais recentes não será continuada devido aos seus conteúdos chocantes.

É uma série sul-coreana que se baseia à volta de um personagem que para todos os efeitos é um derrotado. O protagonista é aliciado para um jogo onde pode ganhar muito dinheiro a um custo muito elevado. Fico por aqui quanto á história, não quero estragar a surpresa para ninguém que esteja curioso.

 Vi os 9 episódios, não compreendo as críticas e aborrece-me que a Netflix tenha cedido a esta pressão dos 'politicamente correctos'. A história está muito bem contada e apesar de ter muitos momentos, imagens e cenários quase fantásticos é feita com grande realismo e atenção ao detalhe. O espectador acredita que aquilo está a acontecer, acredita nos personagens e quando o pior acontece a maneira como cada detalhe é filmado e apresentado impressiona realmente. Nos tempos de hoje, em que as ofertas ao nível do audio-visual são tantas e é tão difícil competir, quando finalmente aparece uma coisa nova e que desperta o meu interesse, lá vêm os 'polícias dos costumes' estragar a festa. 
 É uma verdade conhecida que é sempre mais fácil destruir do que construir, não me espanta que estes 'polícias' existam, o que me espanta e assusta muito ligeiramente é que a Netflix decida ceder a estas pressões. Por causa disso, aqueles sul-coreanos que conseguiram criar este fenómeno com a sua criatividade e o apoio financeiro da Netflix, agora não o irão poder continuar, pelo menos não nos termos que entenderem, e isso é triste. Não digo que se perdeu uma segunda temporada da melhor série de todos os tempos, não estamos a falar de uns 'Sopranos' nem de ' Breaking Bad'. Achei uma série bem escrita, mas que vale acima de tudo pela história simples e cativante, pela riqueza de cada personagem, pelas interpretações dignas de Óscar e pela fotografia. 
 Por outro lado, o facto de não existir uma segunda temporada torna a primeira ainda mais valiosa e apesar de ter curiosidade em seguir o enredo acho que fizeram um excelente trabalho pela forma como concluiram a história. 
 Recomendo que os menos impressionáveis vejam e tirem as suas próprias conclusões. Nem que seja para conhecer aqueles fantásticos actores que provavelmente não veremos tão cedo em mais lado nenhum. Um dia farão uma adaptação certamente, mas com actores norte americanos e não será a mesma coisa...

 O conceito não é novo mas está feito de uma maneira nunca antes vista e pode resumir-se mais ou menos assim:

 -No Squid game todos estão sujeitos a uma morte violenta, é a lei da selva e cada um por si. Mais violento, perigoso e brutal que o 'mundo de fora'. Ainda assim são muitos os que querem participar nele. Talvez seja porque naquele jogo terrível, há menos cinismo e todos têm as mesmas hipóteses à partida.
 São todos iguais quando o jogo começa.

 

 

Podem ver aqui o Trailer

 

JB

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