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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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31.01.22

António Costa: O Marajá Português


Filipe Vaz Correia



 

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Portugal votou numas eleições surpreendentes dando ao PS a maioria absoluta...

Perdão, as pessoas deram a maioria absoluta, na minha opinião, a António Costa, ao seu papel como Primeiro Ministro e a uma estabilidade Governativa.

Olhando para estes resultados assistimos a pormenores tristes e interessantes, carregados de novos desafios ao quadro político nacional.

O PS e o seu histórico de maiorias absolutas deixam aqueles que têm memória de sobreaviso, temendo que o clientelismo socialista tome conta do Estado, esse Estado cada vez mais onerososo para os cofres públicos.

No entanto, não se pode analisar este resultado sem dar os parabéns a Costa e perceber a dimensão da sua estratégia política.

BE e CDU pagaram a factura de terem derrubado o Governo minoritário do PS num gesto irreflectido e que fazia adivinhar um suicidio político que se veio a verificar.

Dois grandes vencedores da noite...

Costa pela vitória política esmagadora e o Presidente da República que viu confirmada a sua decisão de dissolução Parlamentar em nome de uma solução política estável.

O Chega e o IL venceram nestas eleições conseguindo aumentar a sua composição parlamentar assim como o Livre que volta a entrar no Parlamento.

Quanto à minha Direita, encontra-se numa situação absolutamente preocupante, cada vez mais dividida.

O voto no Chega, como sempre afirmei, é o maior garante da estabilidade do PS, pois o voto radical nestes "socialistas" úteis continuará a permitir uma fragilização do PSD, assim como permitiu o desaparecimento do seu aliado natural, o CDS.

É triste este cenário mas acima de tudo é a fragilização de uma solução capaz de virar este País à direita.

O PSD tem de buscar nomes como Poiares Maduro ou Moreira da Silva, pessoas capazes de agregar a uma agenda de centro-direita, nomes independentes que somem na sociedade civil e assim reconstruir pontes necessárias para ganhar o País.

No olhar de António Lobo Xavier ficou retratada a tristeza maior do desaparecimento do CDS, numa demonstração de que escolher o caminho da imprepração quase nunca serve de solução.

Estas eleições confirmam o falhanço das sondagens e os cenários que antecipam.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

29.01.22

Vamos ajudar o Planeta


Ana D.

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Porque esta semana se celebrou o Dia Mundial da Educação Ambiental, venho sensibilizar a Vossa consciência ambiental e comportamento sustentável dando a conhecer dois projetos na área da economia circular.
São projetos que têm como objetivo a motivação dos utilizadores para devolverem as suas embalagens de bebidas, depositando-as em máquinas disponíveis em espaços aderentes. Cada embalagem devolvida vale um ponto e os utilizadores são incentivados a acumular pontos que poderão ser trocados por prémios que apelam a comportamentos sustentáveis.
Ambas as iniciativas visam preparar a implementação do futuro sistema de depósito de embalagens de bebidas.


 QUANDO DO VELHO SE FAZ NOVO, TODOS GANHAM. GANHA O PLANETA

16.826.106 garrafas entregues até dezembro de 2021

É um projeto-piloto que incentiva e premeia a devolução de garrafas de bebidas em plástico PET para reciclagem e incorporação como matéria-prima na produção de novas garrafas.
De norte a sul de Portugal Continental, podem ser encontradas 23 máquinas de recolha automática de garrafas de bebidas em plástico não reutilizáveis, em grandes superfícies comerciais. Consulte a sua localização e veja como funciona. 

Saiba mais sobre este projeto em www.dovelhosefaznovo.pt


 BEBIDAS+CIRCULARES

Até dezembro de 2021 foram entregues:

1.255.667 garrafas de plástico
361.576 garrafas de vidro
401.893 latas de metal


É um projeto que incentiva os cidadãos do concelho de Lisboa a devolverem garrafas de plástico PET e de vidro e latas não reutilizáveis de bebidas para reciclagem e incorporação como matéria-prima na produção de novas embalagens de bebidas. 
As máquinas de recolha automática do projeto estão localizadas em 10 superfícies comerciais e num mercado municipal de Lisboa. Saiba como funciona e onde pode depositar as suas embalagens.
Nota ainda para a vertente solidária deste projeto, que dá a possibilidade dos utilizadores converterem os seus pontos em donativos que serão entregues às instituições de solidariedade apoiadas neste projeto: Associação Mais Proximidade Melhor Vida e Ajuda de Berço.

Saiba mais sobre este projeto em www.bebidascirculares.pt

 
VAMOS AJUDAR O PLANETA 

Como nota pessoal, deixo aqui o apelo às entidades responsáveis para estenderem a rede de pontos de entrega aderentes a todos os concelhos do país, uma vez que se consultarem a lista das localização poderão verificar que nem todos os concelhos estão cobertos por esta rede.

Todos NÓS, enquanto CIDADÃOS queremos ter a oportunidade de COLABORAR nesta MISSÂO, não acham?

 

28.01.22

Tempo de reflexão


JB

As eleições aproximam-se, agora é tempo de reflectir.

Estou obviamente a brincar, ninguém reflete coisa nenhuma nestes dias. A maioria dos portugueses já decidiu em quem votar e os indecisos seriam os mesmos com ou sem o 'período de reflexão'.

Domingo vamos dar o primeiro passo para sair deste impasse. 
Para trás ficam dezenas de debates, entrevistas, comícios e discursos. Foram barulhentos muitas vezes, cómicos noutras tantas, mas úteis para distinguir bem cada um dos partidos e esclarecedores quanto às diferenças entre eles.
A nossa democracia está bem e recomenda-se. As opções são mais que muitas e para todos os gostos. Sejam cidadãos de direita ou de esquerda, sejam vegans ou carnívoros, ateus ou católicos, racistas ou pessoas decentes; há uma opção para cada um. Quase todos estarão representados no próximo parlamento. Considero  isso muito positivo independentemente dos resultados. 
Aguardemos então com expectativa as novidades que este fim de semana irá trazer e boas decisões para todos.

 Quem estiver à procura de um resumo de cada um dos partidos que participou nesta campanha eleitoral, recomendo o texto do Último Fecha a Porta escrito neste bolsa há pouco menos de uma semana e que pode encontrar aqui.

 Um excelente fim de semana para todos e viva Portugal!

 

JB

27.01.22

O Poder da Escolha


The Travellight World

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Tomamos decisões todos os dias — desde escolhas aparentemente inconsequentes, como decidir que sapatos calçar, até escolhas importantes que podem afetar o curso das nossas vidas, como por exemplo votar.

Dia 30 de Janeiro, novamente, vamos ter a oportunidade de dar o nosso contributo para o funcionamento da  democracia, caminhando até uma assembleia de voto e selecionando o nosso candidato.

Não posso dizer que, nos tempos que correm, seja algo fácil para mim. De ano para ano, de eleição para eleição a escolha parece-me mais difícil: candidatos fracos, programas eleitorais maus ou irrealistas, desilusão atrás de desilusão…

E no entanto continuo a achar que vale a pena votar, e votar mesmo. Colocar a cruzinha no boletim e não apenas votar em branco ou votar nulo. Afinal se não deixo que outras pessoas decidam por mim coisas muito mais simples, porque diabo haveria de permitir que decidissem por mim que governo eu quero ter no meu país?

Muitos dizem: “pois e tal, mas o que é que isso adianta, um voto sozinho não faz nada”; “os políticos são todos iguais, votar neste ou naquele é só mais do mesmo”; etc…

Até pode ser, mas que moral teria eu, se nem sequer votasse, para depois vir dizer aquilo que acho que está mal no país?

Sentem que não se identificam com nenhum partido? Isso não é desculpa. Muitos que deixaram de se identificar com as principais forças políticas criaram novos projetos, novos partidos. Estão a lutar por aquilo que acreditam…  E aqueles que estão a pensar votar em branco, abster-se ou votar nulo nestas eleições será que o fizeram? 

Enquanto não ganharmos a consciência que numa democracia todos temos uma palavra a dizer e que o melhor é mesmo exercer esse direito antes que alguém se lembre de nos tirar, nada pode melhorar. Como dizia Bertholt Brecht, o dramaturgo alemão, “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos eventos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, — o preço do feijão, do peixe, da farinha, da renda de casa, dos sapatos e dos remédios — tudo depende de decisões políticas. O analfabeto político é tão estúpido que se orgulha e incha o peito para dizer que odeia política. O imbecil não sabe que da sua ignorância política nasce a prostituta, a criança abandonada, e o pior ladrão de todos, o mau político, o corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

Se as pessoas boas continuarem a evitar a política, as más continuarão a deixar a sua marca, e qualquer chance de um país (ou mundo) melhor, será perdida. Todos, e cada um de nós, pode e deve, tentar fazer a diferença, não permitindo que o analfabetismo político mate a nossa necessidade de questionar e de se revoltar, o nosso julgamento informado e a nossa capacidade crítica.

Isso simplesmente permite que aqueles que estão no poder permaneçam irresponsáveis e continuem a causar danos à nossa sociedade.

Viver na ignorância política, repudiar tudo o que tem a ver com ela ou só lhe apontar falhas e recusar-se a participar no ato democrático de votar, são riscos que podem trazer muito mau resultado.

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