Ucrânia, Num Destemido Grito De Bravura: Vão-Se F****!
Filipe Vaz Correia
O mundo mudou em uma semana, de segunda passada até hoje tudo se alterou, tantas e tantas premissas foram apagadas.
Vladimir Putin, um autocrata aterrador, deixou de lado qualquer tipo de timidez e mostrou ao mundo a sua verdadeira face, não que disfarçasse bem, a face de um facínora, assassino sem refreio, capaz de tudo para atingir os fins que a sua mente entende como essenciais.
De Putin tanto se poderia dizer mas nada seria surpreendente, inovador, para lá da constatação da pequenez de um homem vulgar, de um ser humano mau.
No entanto, muito está por escrever sobre o povo Ucraniano e a sua reacção a esta tamanha tragédia, sobre os seus soldados, homens comuns, mulheres e crianças, sobre o seu Presidente...
Sobre os actos de coragem transcritos em tantos pedaços de TikTok, de Instagram, de Youtube.
Cenas gravadas na pedra da memória, através desse mundo digital que se atravessa neste novo tempo e que servirá para glorificar a resistência Ucraniana, assim como, para crucificar a Rússia de Putin.
Nessas aguarelas de coragem se eternizam os 13 da Ilha da Cobra, por entre, vão-se f****, palavras enigmáticas e perfeitas para um último momento de resistência, para um sublime momento de estoicismo.
Nos traços de um soldado, Vitaly Skakun Volodymyrovych, que perante a chegada do comboio de veículos Russo, se precipitou em direcção a uma ponte para accionar manualmente os mecanismos de detonação.
Nas entrelinhas de um comediante que se transformou em Presidente, ao invés de outros que após se transformarem em Presidentes deixam revelar a sua essência de palhaços, no mais triste significado desta palavra.
Tanta tristeza e receio, medos e fantasmas que se levantam nesta equação, num mundo que insiste em não aprender com o seu passado, com o tamanho sofrimento descrito em tantos textos, canções e imagens.
Diante destes factos, cada vez mais acredito que a melhor solução para a resolução deste problema terá de partir da própria Rússia, de dentro do sistema...
E para isso seria essencial o surgimento de um Carl Von Stauffenberg, com a sua coragem, a sua bravura e desprendimento, no entanto, com melhor pontaria.
Citando o meu querido, sardinha, JB:
"Somos Ucrânia"
Filipe Vaz Correia