O tempo passa e a guerra continua. Putin não dá sinais de que quer recuar, antes pelo contrário. Na madrugada de ontem parecia mesmo que as tropas russas queriam provocar um desastre nuclear com potencial para ser até seis vezes pior que a tragédia de Chernobyl.
Dilema grave e sério este em que nos encontramos: Arriscar o fim do mundo ou submeter-nos aos caprichos de um louco.
Do conforto da minha casa, daqui deste cantinho europeu, à beira mar e com bom tempo é fácil afirmar que a resposta é fácil e evidente: resistiremos, não cedemos e o Putin que se dane. Agora para quem está em Bruxelas, ou em Washington, para quem decide realmente as opções devem ser bastante mais complicadas. Perante a possibilidade real de uma fatal guerra nuclear, muita serenidade e ponderação são necessárias antes de qualquer decisão irreversível.
Afinal nem todos somos Ucranianos, nem todos terão essa nobreza perante a possibilidade real de uma morte iminente. Nem sabemos como iríamos reagir. Os Ucranianos infelizmente já sabem, muitos deles. Desde aqueles que sacrificam a vida para destruir uma ponte, aos que se metem à frente de um comboio de tanques e até aos que mandam um navio de guerra russo 'ir-se f0d&%'. Cada vez mais e aos meus olhos e de grande parte do mundo a palavra 'Ucraniano' está a tornar-se sinónimo de coragem, determinação, dignidade e nobreza. Zelensky ocupou o imaginário de muitos como um herói de carne e osso (numa altura em que os heróis estão na moda e nos ecrãs de cinema) e o Putin não passa de um senhor já quase idoso, cheio de botox que fustigado por uma degenerescência mental ou até um cancro está numa espiral de loucura e de auto-destruição imparável. Existem rumores e teorias para tudo, para tentar explicar o que parece absurdo e inexplicável. Aquilo que é certo é que a guerra continua, cada vez mais séria e mais grave com consequências mais reais. Cada dia que passa é um dia em que a paz parece mais difícil e o conflito parece mais grave.
Aquilo que o mundo espera, aquilo que eu espero é que isto não passe de um desejo solitário de um louco, e que assim que alguém 'lhe tratar da saúde' tudo isto acabe. Que os Russos mais lúcidos faziam alguma coisa e que parem com esta loucura. Será que já ninguém se lembra do que se passou em Chernobyl? Será que no Kremlin ninguém se apercebeu do quão perto ontem se esteve de ter outro desastre nuclear?
Que coisa tão ignorante para se fazer se os Russos também amam os seus filhos...
já dizia o Sting
JB