Solteiro
Marco
Marco: Beatriz, eu estou solteiro e tu estás solteira. Sabes o que isto significa?
Beatriz (a pensar): É desta que vamos casar.
Beatriz: Siiimm! Marco.
Marco: Que ninguém nos quer.
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Marco
Marco: Beatriz, eu estou solteiro e tu estás solteira. Sabes o que isto significa?
Beatriz (a pensar): É desta que vamos casar.
Beatriz: Siiimm! Marco.
Marco: Que ninguém nos quer.
marta-omeucanto
Eu sei que sou pior que as crianças no que toca a bonecos, mas é impossível resistir a estas renas natalícias!
Como se costuma dizer, são mesmo "castiças" e só de olhar para elas, dá vontade de sorrir.
Estas da turma são as minhas preferidas.
Mas há mais!
Filipe Vaz Correia
Estou a ler o Banquete de Platão, um livro que há muito queria desfrutar numa viagem intemporal pela antiguidade Grega.
Tenho de admitir que é um privilégio navegar pelas palavras de Platão e Sócrates, pelos pensamentos de Homero e Aristófanes, pelas aulas dos mestres de Aristóteles.
Olhar para o mundo com aquela compreensão, voar pelas amarras destemperadas do amor...
Este livro, inspirado num banquete em casa de Ágaton em cerca de 416 a.c, é nada mais do que uma busca pelo amor, pelas suas mais variadas formas e explicações num olhar marcante de uma civilização carregada de sapiência.
Ainda estou a meio do livro mas não posso deixar de vos escrever para expressar como tem sido marcante caminhar por ali, num fascinante deslumbre que me inquieta e agarra.
O prefácio de Pacheco Pereira apenas abre o apetite para as páginas que se seguem, para as interrogações que sobram, para a constatação de tamanha modernidade neste pedaço de antiguidade.
Parece que retrocedemos em várias partes do globo em relação a estes homens, às suas visões do mundo, na busca pela aceitação e da honra, baseada na sabedoria suprema e no debate intemporal.
A cultura, sempre ela, em nome da Humanidade.
Uma pergunta me assalta:
O que diriam estes homens se conhecessem Bolsonaro, Putin, Maduro, Meloni, Trump ou Ventura?
Apenas um ou outro exemplo deste rol de demagogos.
De uma coisa tenho a certeza...
Não teriam assento neste banquete, nem mesmo para o servirem.
Aconselho a leitura de o banquete de Platão sem rodeios, nem receios.
Filipe Vaz Correia
JB
Ontem tivemos o primeiro jogo da nossa seleção neste mundial.
As coisas nem correram mal, ganhamos o jogo, Cr7 bate mais um record e a arbitragem até foi simpática. Tudo correu bem, ou quase...
Mais do que o Ronaldo, o Fernando Santos, o estádio ou os adeptos a grande estrela da noite foi Paulo Futre. Não pelos melhores motivos, senão vejamos:
Os seus colegas deixaram de ter nome e passaram a ter 'petit nom' , era o Ruizinho, o Joãozinho e mais uns quantos 'inhos'; não fez um único comentário ao jogo ou jogadores, simplesmente gritava uns 'vamos campeões' ou 'vamos bicho' (quando era o Ronaldo). Criticou o árbitro sempre que a decisão não nos era favorável (o que até foi raro) e apelava constantemente ao anti-jogo: "manda a bola para fora", "faz falta", "fica deitado".... Enfim, um espetáculo próprio de um grupo de amigos a ver o jogo numa tasca mas que na televisão fica triste de se ver.
Gosto muito do Futre e fico muito contente que ele tenha recuperado do seu susto de saúde, mas não me custa dizer que ele não tem perfil para isto e que as altas doses de vergonha alheia que invadiram o país ainda estão bem frescas na memória.
Nem sequer é porque a fasquia está muito alta ao nível de comentadores desportivos, porque claramente não está, mas o Futre se não conseguir mudar radicalmente o registo vai destacar-se como um dos piores de sempre.
Mas como diria Marcelo a propósito de algo realmente sério "esqueçamos isso agora" porque os três pontos já cá cantam e o mundial está só no início.
Viva Portugal, a seleção, o Ronaldo e porque não... Viva também o Paulinho Futre.
JB
The Travellight World
Hoje, ao passar os olhos por um jornal digital, deparei-me com o seguinte título: “Organização Mundial da Saúde diz que o nosso mundo é muito barulhento e que isso prejudica a nossa saúde”.
Será?
Durante anos nunca busquei conscientemente o silêncio. Não que me incomode ou que não goste dele, mas sempre adorei (e adoro) ouvir música. Ando, literalmente, com uma “banda sonora” atrás. Seja em viagem, a praticar exercício, a escrever ou a trabalhar, tenho quase sempre, música a tocar.
No entanto, neste último ano, uma vez por outra, dei por mim a desligar o som.
Talvez seja da idade, mas a verdade é que sinto que há um excesso de “barulho” à minha volta. Reparo que atividades antes silenciosas estão progressivamente a deixar de o ser. Os blogs por exemplo, estão a ser substituídos por podcasts; os livros por audiolivros; as fotografias de Instagram por Reels; e até as mensagens no telemóvel, antes escritas, são agora muitas vezes gravadas… Não sei se é preguiça de ler/escrever ou se é apenas o ritmo frenético em que vivemos que obriga as pessoas ao multitasking e portanto a procurar soluções que lhes permitam fazer várias coisas ao mesmo tempo.
Há séculos que sabemos a importância da quietude. Em muitas religiões, o silêncio é até promovido como um processo vital de cura e não é de hoje que as pessoas se juntam em mosteiros para um retiro silencioso ou vão para as montanhas em busca de paz.
Assim como um computador, o nosso cérebro processa todos os dados que recolhemos ao longo do dia. E, assim como um computador, o nosso cérebro fica mais lento quando temos demasiados programas em execução.
Às vezes “desligar” é importante.
Cada vez tenho mais certeza disso.