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Beatriz: Marco, diz ai a password que queres no site das finanças?
Marco: "Aminhapila"
Beatriz: Não dá é muito pequena
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Bruno
Imagem: Bruno Nunes dos Santos - Auguste Rodin - Monument des Bourgeois de Calais Andrieu D'Andres Monumental - Musée Rodin
O homem está cheio de vermes desde a nascença. Não os vemos. Mas mal dão conta de que começamos a cheirar mal, saem dos buracos, brancos, branquinhos como os do queijo.
Nikos Kazantzakis, in "Vidas e Andanças de Alexis Zorbás"
Não defendo reacções a quente quando comentários, campanhas e outros relacionados nas redes sociais e nos media são nocivos para a minha pessoa ou organização. Corremos o risco de desintegrar toda uma estratégia sem aparente razão ou dar passos em falso que nos podem condicionar todo um projecto no futuro - até porque o ataque pode ser sabotagem externa e em alguns casos até interna. Esta postura, contudo, também implica que se comece imediatamente a trabalhar para controlar os danos - idealmente, até antes dos mesmos surgirem.
Não sendo o core deste texto o racismo, a divulgação em massa de uma notícia de um alegado linchamento por motivos raciais levou a uma mobilização tal que me deixa relativamente assustado - um pouco como aqueles filmes de fraca qualidade em que é lançado um boato ou sorteado um alvo a abater e uma sociedade louca corre atrás deste ou daquele indivíduo, aí sim para o linchar. E é aqui que entro num daqueles terrenos minados, se bem que não aceito lições de ninguém quando o tema é racismo, aliás, considero-me um investidor no combate ao mesmo e não propriamente alguém que é um activista assalariado.
Em prol de nos juntarmos numa cavalgada do tema da moda, uma espécie de substituição do proletariado oprimido que já não alimenta revoluções e chacinas acabando por gerar a necessidade de encontrar um outro argumento, estamos também a acicatar demónios que já estavam adormecidos. Sublinho que não procuro afirmar que temas como o racismo ou a xenofobia sejam uma coisa do passado, mas convenhamos que nas sociedades ocidentais foi onde se deram os maiores passos e são os adeptos de regimes tiranos e esses sim racistas e xenófobos que depois na Europa e nos Estados Unidos transportam essa mesma bandeira e nem sequer ousam questionar os primeiros - a agenda woke não é mais que isso e onde se inclui também a questão de género. Como previa, já são muitos os países onde a abordagem está a mudar, o Reino Unido é o último.
Tais mudanças levam tempo e é utópico pensar que eliminaremos de vez comportamentos como o racismo ou a xenofobia até pelo facto mais simples de que muitas culturas são de oposição. Para lá disso, o racismo não é unidireccional e chega até a existir entre pessoas com o mesmo tom de pele - África e Ásia, para dar dois exemplos, não são propriamente os melhores exemplos de combate à xenofobia, ao racismo e à homofobia. Aliás, muitos dos anti-racistas assalariados beijam a mão a indivíduos que massacram os uigures. São os mesmos que passam férias (e disso fazem eco) em destinos que ainda estão na era medieval no que concerne ao respeito pelos direitos humanos enquanto na Europa utilizam um discurso como se vivessemos numm autêntico apartheid que é preciso contrariar. Como é que se defendem regimes onde o racismo é quase identitário nos programas do Estado e depois nos países onde este é mais combatido e onde se deu uma enorme evolução se procura gerar o caos como se todos andássemos com um capuz branco e tochas?
E porque não a aposta na boa convivência e no controlo de alguns biases? Mais do que propriamente seguir uma guerrilha constante entre aqueles que, nesse campo, estão mais evoluídos. Na verdade, o que uns e outros mais desejam é viver em sociedade, estando mais preocupados com o seu trabalho e em estar em paz do que propriamente em inventar demónios. Deixar as coisas fluir e aplicar a lei, até porque essa mesma lei não se aplica a raças mas sim cidadãos.
Mas o que acontece é que temos semanas onde se espoleta uma guerra porque alguém decidiu que aquele furo era fundamental para dar aquele pontapé no share televisão ou nos clikbaites e outros para captarem mais subsídios e notoriedade para a sua causa. Não podemos perante uma denúncia não confirmada e veiculada por aqueles que se alimentam da “indústria do coitadinho” (e são mesmo muitos) e dos subsídios em torno da mesma activar meios e mecanismos, sobretudo ao nível das mais altas instâncias, sem sequer aferir se tal facto corresponde efectivamente à verdade. Mobilizamos e gastamos dinheiro, manchamos não raras vezes a imagem pública de terceiros porque uma notícia e uma pressão (muitas vezes não inocente) nas redes sociais e outros media se torna de tal modo intensa que nem pensamos que governamos, no caso português, para dez milhões e não meia dúzia de indivíduos que alimenta comités, comissões, partidos, associações e instituições académicas com um discurso nem sempre verdadeiro. E neste caso, entre tantos outros, manchámos a imagem de todos os portugueses, sobretudo os jovens e aqueles que têm filhos.
Conquanto, a essa mobilização que, até ao momento, parece não ter descoberto rigorosamente nada, associou-se também o discurso público, inclusive de indivíduos ligados à psicologia, à medicina e a temas sociais, que transformaram os pais em autênticos demónios! Um discurso que rapidamente foi corroborado por muitos e que mutaram um eventual comportamento menos agradável dos jovens como um reflexo daquilo que encontram em casa. Aí falta-nos capacidade de dizer que não, que tal não é real, mesmo que sejamos um entre mil - aliás, é esse sentimento de opressão e de parecer bem nas redes e no politicamente correcto que está a matar a Democracia. É encarando as coisas de frente, mesmo que com custos elevados, que podemos usufruir de tudo aquilo que de bom nos traz essa mesma Democracia.
Mas os pais, esses malditos que incutem tudo aquilo que é de mau nos filhos. A necessidade de preencher espaço de comentários e querer doutrinar a educação das crianças leva a que se possam proferir as maiores atrocidades, afinal sempre os mesmos a comentar ao longo de anos e anos, acredito que seja complicado ter tema para todos os dias. A realidade demonstra que nem sempre um ambiente familiar mais hóstil em relação a algo leva a um seguimento cego por parte dos filhos e vice versa. Se muitos daqueles que contestam o capitalismo e defendem a escola pública (para os outros), efetivamente praticassem aquilo que apregoam e não tivessem os filhos em colégios privados, não se calariam quando nestes também pulula o preconceito.
Face a este cenário, sendo Portugal um país calmo e onde estes acontecimentos não provocam propriamente motins (ainda), quem é que tem de ser responsabilizado se um qualquer indivíduo com o sangue a ferver, independentemente de defender ou condenar tais comportamentos, tomar uma iniciativa com consequências mais gravosas? Onde está a onda de revolta com este tipo de agendas, pois o combustível do caos foi todo gasto no semear do caos e não na aferição da falsidade. Penduramos inocentes no pelourinho, movemos mundos para que isso aconteça, investimos 100% da nossa força na forca mas depois, quando descobrimos que enforcamos inocentes, pegamos fogo às “falsas provas” e seguimos a nossa vida como se nada tivesse acontecido.
Temo que a ideia que se quer passar de que se formos brancos, heterossexuais, com um trabalho normal que paga impostos e não vive dos mesmos, somos todos racistas, xenófobos, homofóbicos e por cada palavra que dizemos estamos encetar um discurso de ódio, só tem aumentado a revolta de uma maioria que embora tarde em mostrar algum cansaço, pode muito em breve transformar-se num grupo mais hóstil tal a opressão e condenação injustificada. Uma maioria que cada vez se sente mais condicionada na sua actuação e na forma como é tratada e que só o real convívio prático com múltiplos indivíduos de diferentes origens vai conseguindo atenuar as coisas - ao contrário dos defensores das ditas minorias que vivem em bolhas que muitas vezes camuflam até as práticas similares àquelas quem em público condenam - são muitos os exemplos, mas veja-se o consumidor de impostos em prol de uma ideologia chamado CES. E o que não faltam são CES por esse país fora.
Talvez por isso, também aqui esteja uma grande ameaça à Democracia, à sociedade e sobretudo ao jornalismo que cada vez mais está carregado de ideologia e até a um certo grau de obsessão, um jornalismo que já não comunica factos mas que os cria, um jornalismo que agora comenta e não notícia, um jornalismo que enaltece a mediocridade e destrói o mérito - os almoços, os jantares, as festas do croquete e do pastel, e o tráfico de influências, poderão muito em breve transformar-se num veneno tal que apenas teremos dois ou três jornalistas a ler documentos com um “arma apontada à cabeça” à semelhança de geografias onde indivíduos herdam o poder do pai e usam cortes de cabelo surrealistas.
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Para ler: de Leonardo Sciascia, a obra “O Dia da Coruja”. Actual, e o mote perfeito para conhecer aquela Sicília (e aquela Itália) que muitos nunca quiseram ver. O livro ideal depois de mais uma semana que passou do atentado contra Giovanni Falcone.
Para ouvir: os finais de tarde e as noites já convidam a uma saída. Não sendo propriamente uma iniciativa que deixou saudades, dançar ao som da única faixa que talvez se aproveitou das Atomic Kitten é a melhor forma de entrar no verão é o “Be With You” de 2001. Pontualmente a Marginal ainda se lembra desta onda…
Para assistir:o “Requiem de Verdi” na Gulbenkian. É sempre genial, nunca cansa.
Para ver: o documentário da Deutsche Welle que vai ao fundo da questão no que concerne aos hypes espirituais, zen e até de um certo activismo que “por cá” tanto gostamos de aderir e nos colocam a colaborar e a financiar autênticos sanguinários.
Para comer e beber: no Montijo existe um espaço acolhedor onde a faina e o mercado do peixe dominam a decoração. Gente jovem, muito bem disposta e um peixe cuja qualidade é suprema. Longe das grandes “avenidas do mar”, a Casa do Pescador é um daqueles exemplos que não devemos deixar morrer na nossa restauração.Qualquer escolha é um tiro certeiro e o bolo de cenoura é divinal. Para experimentar a casta rainha da região, nada como se deixarem envolver por um dos segredos mais bem guardados da Arrábida: o “Quinta do Alcube Reserva, Castelão - Cabernet Sauvignon”. Uma maravilha!
Filipe Vaz Correia
Toni Kroos anunciou que deixará de ser jogador no final desta época, após o Europeu, terminando aos 34 anos uma carreira repleta de títulos e memórias.
Kroos foi tudo, vencedor de um mundial pela Alemanha, seis Ligas do Campeões, inúmeros títulos de campeão na Alemanha e em Espanha, para além de ser um dos mais memoráveis médio centro de sempre.
A sua retirada deixa uma marca e um vazio que só reflecte a dimensão do seu jogo, a qualidade do seu futebol, único no passe, estratosférico na recepção, na finta curta, no remate de meia distância.
Nenhum médio foi melhor do que Kroos, alguns, poucos, foram tão bons...
Mas melhores?
Não creio.
Kroos tem ainda um outro pormenor extraordinário, a sua personalidade e o seu carácter, reservado e pouco expansivo fora dos relvados, nunca deixou de ressaltar os seus princípios e os seus valores, como aquando do mundial do Qatar, deixando bem clara a sua opinião sobre os direitos humanos por aquele lugar.
Criticou ainda os jogadores que rumaram para aquelas paragens e que aceitaram compactuar com um regime ditatorial e autocrático, assente em fundamentalismos radicais, a troco de milhões.
Kroos poderia estar calado e certamente agora estar a assinar um chorudo contrato de dezenas ou centenas de milhões de Euros, porém, preferiu aquela coisa chamada de "espinha dorsal" tão pouco em voga nos dias de hoje.
Retira-se no Real Madrid, Campeão de Espanha, possivelmente com uma boa probabilidade de vencer a Liga dos Campeões e ainda lutar pelo Campeonato da Europa.
Que carreira!
Único e inesquecível.
Danke Toni Kroos.
Filipe Vaz Correia
Ana D.
Hoje assinala-se o Dia Nacional dos Jardins.
A data é celebrada anualmente em memória do arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, nascido em 25 de maio de 1922, tendo sido instituída em 16 de setembro de 2022 pela Assembleia da República, como consequência de uma petição pública promovida por um grupo de jovens de Portimão e dinamizada pelo professor de Filosofia e de Cidadania e Desenvolvimento, Carlos Café.
Esta iniciativa pretende celebrar a importância e a vivência nos jardins, bem como o legado do arquiteto Ribeiro Telles, responsável pelo lançamento da política de ambiente em Portugal e um defensor da proteção do ambiente, da defesa da paisagem e da promoção da qualidade de vida dos cidadãos.
Em Portugal temos lindos jardins e hoje por aqui partilho dois belos exemplos. O primeiro - o Parque D. Carlos I - situa-se no centro da cidade das Caldas da Rainha e foi criado em 1889 pelo arquiteto Rodrigo Berquóm para funcionar como complemento ao Hospital Termal, tendo sido remodelado em 1948 pelo arquiteto Francisco Caldeira Cabral.
O segundo jardim - Festival Internacional de Jardins - localiza-se em Ponte de Lima, mais exatamente na margem direita do rio Lima e é palco do Festival Internacional de Jardins que se realiza todos os anos entre maio e outubro.
De modo a assinalar este dia, convido-vos a visitar os jardins da vossa terra ou os vossos jardins preferidos e a publicarem um post sobre os mesmos para melhor os dar a conhecer. Se quiserem incluam a tag #osnossosjardins e a ligação a este post e eu aqui os listarei.
Visitem e vivam os nossos Jardins!
Convido-vos a visitar os blogs Cantinho da Casa e Apeadeiro da Mata que deixaram também os seus preciosos posts sobre os nossos belos jardins.
Obrigada Maria e Francisco!
» Cantinho da Casa - Jardim de Santa Bárbara uma foto #21
» Apeadeiro da Mata - Aldeia da Mata A natureza é um jardim!
UmAnónimo
Imagem furtada à wikipedia
Faz hoje 845 anos que foi emitida a Bula Manifestis Probatum, pelo Papa Alexandre III, que reconhece o Reino de Portugal como independente do reino de Leão, e D. Afonso Henriques como Rei. Embora o feriado de 5 de outubro assinale a implantação da República, foi nessa data, em 1143 que foi assinado o Tratado de Zamora. Nesse documento é reconhecido por Afonso VII de Leão a independência do Condado Portucalense e D. Afonso Henriques como seu rei. Mas só a bula de 1179 é que reconhece a validade do tratado de Zamora e certifica que D. Afonso Henriques presta vassalagem direta ao Papa, e não ao Rei de Leão.