As eleições Francesas realizaram-se neste domingo dando uma vitória à extrema-direita nesta primeira volta.

Macron correu um risco grande ao convocar estas eleições, após a derrota nas últimas Europeias, no entanto, acreditei desde a primeira hora de que esta estratégia poderia resultar.

Não resultou...

O que aconteceu em França não é caso virgem, a União Nacional já tinha vencido as eleições Europeias anteriores, no entanto, o que sucede nestas Legislativas é um esvaziamento do centro, de uma figura mais moderada deste cenário.

No Domingo a escolha recai entre a extrema-direita e uma coligação da esquerda mesclada numa espécie de radicalismo de extrema-esquerda, o que pode criar um constrangimento a quem sair à rua para votar.

A grande questão será:

Conseguirá o centro, o centro esquerda e a uma esquerda mais contestatária e extremista reunir esforços para impedir uma vitória da União Nacional?

Se o partido de Macron tivesse passado à segunda volta destas legislativas não me sobrariam duvidas de que poderíamos assistir ao "habitual" resultado em França...

Assim, neste terreno virgem, não posso deixar de escrever que temo uma vitória da União Nacional e de tudo o que representaria para a França e para a Europa.

Veremos o papel de Macron na construção de uma solução, do PS Francês na domesticação de Melenchon, um velho radical e dos Republicanos na percepção da sua actual situação...

Aqui poderemos encontrar a resposta para o que se seguirá ao dia das eleições.

Et Voilá, aqui se apresenta o enigma Francês.

Filipe Vaz Correia