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Num canto da alma...
Num cantinho bem guardado, ainda sobrevivem as velhas canções, as mesmas melodias de outrora e que segredadas alimentam a esperança.
Mas escrever...
Escrever compulsivamente, vai libertando o sentir, amarrando o querer nessa forma de desabafo que se confunde com a imaginação, imaginando, por vezes, o que nos céus se esconde.
Essa vontade de suspirar em suspenso, de suspender o suspiro, sorrindo disfarçadamente, sem que o tamanho disfarce consiga subjugar a vontade de voar.
Entrelaçamos os dedos, literalmente, num momento leve e intenso, tão intenso como o olhar sentido, de tão imenso sentimento.
Porque não basta querer, é preciso fechar os olhos e ouvir o acelerar do coração, essa saudade que chega, ainda antes de um partir, esse abraçar mesmo antes do inevitável separar.
O mundo pára, o céu e as nuvens se calam, o sol se envergonha, a terra pára de girar e sobra...
O que se torna maior, singelamente gigante.
Esse sentir indescritível, apenas descrito nas mais belas poesias de um livro, carregadas de cores e odores, desenhos e sabores, nas mais belas ilustrações de amor.
É assim que te vejo, que te sinto...
Como a mais bela poesia de amor.
Filipe Vaz Correia