O mundo está mesmo ao contrário, num movimento louco onde tudo o que parecia certo e assente se tornou na insana contradição de lunáticos que agora  constroem uma nova realidade.

Trump quer seguir para um terceiro mandato, a Gronelândia poderá ser invadida pelos USA, Gaza pode vir a se tornar um resort de Trump, os influencers agora atropelam e violam num novo mundo que se parece aceitar, onde novos heróis se constroem por entre telas de telemóvel, o Estado do Utah decretou a proibição de se hastear a bandeira LGBT em edifícios públicos, mais rapidamente do que em algum momento cogitaram discutir regulação à venda de armas, Musk vai vender Teslas para a Arábia Saudita, carros eléctricos na terra onde o petróleo é mais barato do que água, Portugal continua insanamente a caminho de mais umas eleições, o Sporting teve dois penáltis a favor e nenhum jogador expulso, Pedro Nuno Santos está enamorado por Lili Caneças, e até parece que é mútuo...

Enfim, o mundo está mesmo ao contrário.

Filipe Vaz Correia

Imagem furtada ao Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade

Começou a Futurália. Irei lá com o meu filho que está no 9º ano e efrenta agora a grande decisão. Que área deverá escolher para o secundário. O meu filho, tal como muitos outros, não faz ideia que profissão quer ter no futuro. Já no meu tempo achei, e agora tenho a certeza. É demasiado cedo para estes jovens tomarem a decisão. Talvez não seja, para aqueles que sabem desde muito cedo o que querem fazer no futuro. Mas a grande maioria não faz ideia o que quer. Nem tem maturidade para tomar a decisão. 

Será que não seria mais razoável e mais previdente fazer um curso geral até ao 12º e depois, já perto da maioridade, tomarem a decisão da faculdade que querem seguir? Decidir no 10º ano pode levar a perder perder um ou mais anos, por uma decisão errada. Claro que isto se aplica à via de ensino. Quem segue um técnico profissional já tem essa decisão mais clarificada.

Mas isto são só devaneios de um pai preocupado...

Quantas vezes terás de correr;

para encontrar aquele dono,

esse receio de esquecer,

uma imagem, um sonho;

um amigo...

Quantas voltas terás de dar;

para perceber que se foi,

que acabou por morrer,

aquele afago ao entardecer,

aquela presença a aquecer,

esse pedaço da tua alma...

Desespero ou loucura;

entre um latido, soluçar;

um olhar de ternura,

que acabará por encontrar,

a derradeira resposta...

Fidelidade sem preço;

nessa palavra ou amor,

buscando esse pedaço de apreço,

que se tornou nessa amizade...

era assim o cão do meu avô;

que tentou vencer a morte,

desse dono que sempre amou,

até à eternidade...

E nessa eternidade certamente reencontrou;

aquele amigo de sempre.

Filipe Vaz Correia