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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

17.03.25

Minuto Por Minuto


Filipe Vaz Correia



 

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Teria um Milhão de coisas para te dizer;

mas falta-me a voz,

um milhão de coisas a escrever,

mas treme a minha mão,

um milhão de coisas a sonhar,

mas não encontro a tinta,

que, outrora, coloria o sonho...

 

E se uma hora for demasiado;

tomaremos um minuto,

minuto por minuto,

até percorrer a eternidade...

 

Teria um milhão de coisas para te dizer;

mas sei que não o preciso fazer,

está escrito em meu olhar,

nesse reflexo de amar,

que em teu olhos habita...

 

Minuto por minuto;

até percorrer a eternidade.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

16.03.25

Os egos


O ultimo fecha a porta

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Bem, parece que vamos ter de ir outra vez eleições, consequência dos egos e das tricas partidárias.

Mantenho o que venho a escrever ao longo dos últimos anos: ignorar e não cuidar da democracia é deixar os extremos (quer de direita, quer de esquerda) crescer, e por conseguinte, as suas perigosas ideologias no que à igualdade, imigração, desinformação e geração de riqueza diz respeito.

 

Bem se viu nesta crise, quem iniciou as moções de censura e inflexibilidade em arranjar soluções (lembrei-me logo que foram os partidos que perderam votos e viram as suas subvenções diminuir).

 

Ao centro, atitudes idiotas de egos maiores que as paredes do edifício de São Bento. Um jogo perigoso que prejudica o país e o seu crescimento.

Não vou apontar o dedo porque acho que NENHUM partido esteve bem. 

Estes dias, à noite, ouvi uma ex ministra do PS, comentadora, candidata à CM Lisboa, deputada, advogada e mais um par de botas a criticar o Partido de Governo sobre os problemas na Saúde. Mas o que ela criticou foram exactamente os mesmos problemas que Marta Temido enfrentou e levaram à sua demissão. Uma demagogia inacreditável. 

Do outro também ouvi estes dias um dirigente do PSD disse que PNS fez pior à democracia que em 6 dias que Ventura em 6 anos. 

Anda tudo tolo! 

15.03.25

Dia Mundial do Sono


Ana D.

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Hoje assinala-se o Dia Mundial do Sono.
Trata-se de uma iniciativa da Associação Mundial de Medicina do Sono (World Association of Sleep Medicine) que se comemora anualmente em cerca de 75 países do mundo e que visa chamar a atenção para a importância do sono regular diário.
O sono desempenha várias funções essenciais para o funcionamento saudável do corpo e da mente. Ter uma rotina de sono adequada e de qualidade é essencial para garantir que todas essas funções sejam cumpridas de forma eficaz contribuindo para o bem-estar geral.
A privação do sono é um dos problemas da sociedade atual que merece toda a nossa atenção. Não perca tempo e regule o seu sono.

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13.03.25

O recreio da escola


UmAnónimo

Depois de uma aula de matemática mais complicada, onde estiveram a aprender a fazer as divisões com números inteiros, os meninos foram para o recreio. Brincar, correr e respirar, e todas as atividades que as crianças de 10 anos fazem.

De repente, estala um conflito entre as alegres crianças. O menino Luís tinha uma bisnaga, brinquedo proibido pela escola.

"A bisnaga não é minha", diz o Luís. "É da minha namorada!"

"Se é da tua namorada, então é tua", responde-lhe o menino Pedro

"Não. É da minha namorada, dei-lhe ontem aqui na escola"

"Mas não podes ter bisnagas na escola, e a tua namorada está a brincar contigo, portanto é tua", argumentou ainda o Pedro. "E tu és o chefe de turma, portanto tens que dar o exemplo"

Enquanto discutiam os dois amigos, juntou-se o resto do grupo de amigos, cada um dando a sua opinião. O menino André e Rui, que se sentam do lado direito da sala, a menina Inês que está na fila central e gosta muito de animais e os meninos Rui, Paulo e Mariana, que estão na fila mais à esquerda. E todos eles tinham as suas opiniões.

E assim, a discussão foi subindo de tom. O menino Luís deu umas justificações de porque é que tinha a bisnaga na escola "Não sabia que era proibida...", "Mas dei-a à minha namorada..." mas os outros meninos tinham mais perguntas "Como é que a escondeste?" "Os teus pais sabiam? E a professora?". Alguns, mais espevitados, perguntaram logo "E como é que a compraste? Com que dinheiro?". E a discussão foi escalando. O Pedro então diz: "Já sei, vamos chamar o segurança para ele descobrir tudo. O Chefe Pedro Inácio (CPI, como era chamado pela miúdagem) vai precisar de uns meses, mas vai descobrir."

O Luís, começando a não gostar da brincadeira decidiu. "Já sei. Vamos fazer uma reunião de turma e vou pedir que digam que acreditam em mim, porque sou chefe de turma." E assim foi.

Reuniu-se a turma, com o Pedro a pedir para ir falar com o CPI e o Luís a pedir que acreditassem nele. Ao ver que só os seus amigos e os amigos do Rui do lado direito e que acreditavam nele, começou a pedir ao Pedro que saísse da sala, que ele dizia-lhe tudo. O Pedro, que queria ser chefe da turma, começou a achar que podia ser ele o novo chefe, não aceitou "Agora vais explicar à turma toda. Não é só a mim".

De repente, o Luís lembrou-se "Está bem Pedro. Vai fazer queixinhas ao CPI, mas se ele não achar nada até à hora de almoço, é porque está tudo bem." E o Pedro respondeu "Não, ele tem que tentar saber até ao fim. Mas não te preocupes, que não vou dizer ao CPI da tua namorada".

E o Pedro continuou a dizer que não. Assim passaram o intervalo todo. Quando por fim, a turma decidiu que não acreditava no Luís, foram ter com o Professor Sousa e pediram para fazer novas eleições para chefe de turma.

"Mas eu quero estar na discussão outra vez", finalizou o menino Luís

PS: Qualquer semelhança com a atualidade política e esta pequena paródia (não) é coincidência.  

 

12.03.25

Eleições outra vez? Já merecíamos um cartão de pontos!


Marco

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Bem-vindos a mais um capítulo da política portuguesa, esse filme que nunca tem um final feliz. Desta vez, o protagonista é Luís Montenegro, que conseguiu sair de cena quase tão rápido como entrou. O governo dele durou pouco, mas deixou-nos, como sempre, com muito para comentar.

O que aconteceu? Bom, Montenegro achou boa ideia testar a sua popularidade com uma moção de confiança, um pouco como perguntar a um grupo de amigos se devemos dividir a conta do jantar quando ninguém quer pagar. O resultado foi previsível: um "não, obrigado", e lá se foi mais um governo abaixo.

Pelo meio, ainda houve rumores de negócios suspeitos ligados à família do primeiro-ministro. Nada ficou provado, mas já sabemos como funciona: quando há fumo, toda a gente começa a procurar o fogo. E, em política, às vezes, basta o cheiro para estragar a festa.

Agora, toca a preparar mais uma eleição. É a terceira em quatro anos, o que nos faz pensar que os portugueses já deviam ter direito a um cartão de fidelidade das urnas. Entretanto, os problemas continuam: os jovens vão embora, os salários não acompanham o custo de vida e os cafés continuam a ser o melhor sítio para debater o futuro do país. Pequenos detalhes.

Vamos lá ver quem será o próximo a tentar a sorte. E, mais importante, será que desta vez o governo aguenta pelo menos até à Páscoa?