Na semana passada tive a felicidade de assistir no Teatro Villaret à mais recente encenação portuguesa de “Uma Casa de Bonecas” e constatei (sem grande surpresa) que a peça de Henrik Ibsen continua tão atual hoje como quando a vi pela primeira vez, há muito tempo atrás. Pode ser um texto com mais de 140 anos, mas esta história de um casamento fracassado — a segunda peça mais produzida no mundo depois de Hamlet — continua absolutamente relevante. A peça de Ibsen conta a (...)
A morte, essa terna e ao mesmo tempo implacável linha do tempo que nos arrasta para um precipício temporal que finda... Que acaba. Morreu Eunice Muñoz, a eterna actriz, um pedaço de todos nós, uma pequena parte desse Ser que ousou viver por tantos em tantos palcos de uma só vida. A Srª Dª Eunice, figura cimeira do teatro Lusitano, marcou mais do que um tempo, cravando com o seu talento tamanhos e estreitos caminhos de tantas almas. Na hora do adeus torna-se habitual (...)
Regressei ao teatro na passada quinta-feira para assistir ao espetáculo, Lar Doce Lar, interpretado por Maria Rueff e Joaquim Monchique, no Maria Matos. Tinha saudades de voltar a uma sala de espetáculos, olhar para a beleza de uma esplêndida actuação, entrelaçada pelas gargalhadas arrancadas por tamanho talento. Não posso deixar de notar na imensa interpretação dos dois, Monchique e Rueff, numa salada de personagens que gravitam à volta da velhice, da caminhada (...)
Foto: Travellight | Auditório do Casino Estoril | Cenário de "O Sangue das Palavras" “Prefiro que as pessoas me ouçam, que me leiam… Porque não vão ler.” A citação é de José Carlos Ary dos Santos e talvez ele não estivesse errado. Basta assistir à peça “O Sangue das Palavras”, atualmente em cena no Auditório do Casino do Estoril, para lhe dar razão. A sua poesia não teria chegado a tanta gente se não tivesse sido cantada. Esta produção da Artfeist (...)