A Minha Viagem Pelos Sonhos de Alexandre O Grande...
Filipe Vaz Correia
Ao ler na sexta-feira o texto do meu querido JB, nesta sardinhaSemlata, sobre Eratóstenes, viajei numa pequena reflexão sobre uma das figuras que sempre mais me fascinou...
"Alexandre o Grande".
Voei no tempo diante das palavras escolhidas pelo Jaime, pela História fascinante carregada de inconformismo e sapiência.
Alexandre entra na minha vida através das palavras de meu Pai, pelo fascínio que este sempre sentiu por Sócrates, Platão ou Aristóteles, pela cultura Grega na sua profunda complexidade e que o levou, na juventude, a viajar por lá nessa busca por reencontrar uma parte desse deslumbrante mundo.
Através das suas palavras fui esvoaçando por esse tempo, também eu, procurando encontrar nesse "mundo" respostas e certezas, inconformadas certezas repletas de curiosidade.
Nesse mundo Grego/Macedónio encontrei a origem de meu nome, Fílipos (o que ama os cavalos), me surpreendi com figuras míticas e absolutamente intemporais como Aquiles, Homero, Plutarco, Eurípides, entre tantos outros...
Filósofos, heróis e poetas, sempre os poetas.
No entanto, ninguém tanto me impressionou como Alexandre com a sua vontade de conquista, de realizar o inimaginável, nessa busca pelo idílico "mundo novo" que se escondia no longínquo horizonte.
Foi assim que pela primeira vez alguém uniu à Grécia continental, conquistando ainda territórios que chegavam até ao Egipto e à Índia.
Em 323 A.C. este tipo de império sonhado e concretizado por Alexandre demonstrava a grandeza de seus actos, a persistência do seu olhar e a busca permanente por alcançar a intemporalidade prometida aos Heróis da antiguidade Grega.
A todas estas conquistas não poderemos dissociar a educação que Alexandre recebeu desde tenra idade, visto que Filipe II da Macedónia resolveu contratar Aristóteles (fundador do Liceu) para que este se tornasse Professor de Alexandre e de alguns filhos de nobres Macedónios na busca por uma nova geração, culta, preparada e capaz de perpetuar o futuro de seu Reino.
Os resultados seriam absolutamente deslumbrantes.
Assim, ao ler o texto de JB, não pude deixar de escrever sobre um dos períodos que mais me apaixonaram, que mais captaram o meu fascínio de jovem adolescente percorrendo os trilhos da Babilónia, o sangue em Gaugamela com a derrota do império Persa e de Dario III, até ao dias finais de Alexandre no Palácio de Nabucodonosor II, por entre, a solidão e a tristeza que lhe tomara conta da alma.
Nesta aventura não poderei deixar de salientar:
- Bucéfalo, o seu cavalo, negro como a noite, veloz como o vento, forte como o mais bravo dos Deuses, acompanhou Alexandre durante 20 anos, em tamanhas batalhas, épicas disputas que marcariam a Humanidade.
- Ptolomeu, Nearco, Pérdicas, Heféstion, Cleitus, Parménio ou Seleuco, alguns deles companheiros de Alexandre desde a infância e também eles alunos de Aristóteles.
Citando JB:
"Imagino esses tempos gloriosos da Humanidade: reis filósofos, debates nas ruas, ciência e filosofia..."
Que bela imagem.
Filipe Vaz Correia