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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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15.02.21

A Minha Viagem Pelos Sonhos de Alexandre O Grande...


Filipe Vaz Correia

 

 

 

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Ao ler na sexta-feira o texto do meu querido JB, nesta sardinhaSemlata, sobre Eratóstenes, viajei numa pequena reflexão sobre uma das figuras que sempre mais me fascinou...

"Alexandre o Grande".

Voei no tempo diante das palavras escolhidas pelo Jaime, pela História fascinante carregada de inconformismo e sapiência.

Alexandre entra na minha vida através das palavras de meu Pai, pelo fascínio que este sempre sentiu por Sócrates, Platão ou Aristóteles, pela cultura Grega na sua profunda complexidade e que o levou, na juventude, a viajar por lá nessa busca por reencontrar uma parte desse deslumbrante mundo.

Através das suas palavras fui esvoaçando por esse tempo, também eu, procurando encontrar nesse "mundo" respostas e certezas, inconformadas certezas repletas de curiosidade.

Nesse mundo Grego/Macedónio encontrei a origem de meu nome, Fílipos (o que ama os cavalos), me surpreendi com figuras míticas e absolutamente intemporais como Aquiles, Homero, Plutarco, Eurípides, entre tantos outros...

Filósofos, heróis e poetas, sempre os poetas.

No entanto, ninguém tanto me impressionou como Alexandre com a sua vontade de conquista, de realizar o inimaginável, nessa busca pelo idílico "mundo novo" que se escondia no longínquo horizonte.

Foi assim que pela primeira vez alguém uniu à Grécia continental, conquistando ainda territórios que chegavam até ao Egipto e à Índia.

Em 323 A.C. este tipo de império sonhado e concretizado por Alexandre demonstrava a grandeza de seus actos, a persistência do seu olhar e a busca permanente por alcançar a intemporalidade prometida aos Heróis da antiguidade Grega.

A todas estas conquistas não poderemos dissociar a educação que Alexandre recebeu desde tenra idade, visto que Filipe II da Macedónia resolveu contratar Aristóteles (fundador do Liceu) para que este se tornasse Professor de Alexandre e de alguns filhos de nobres Macedónios na busca por uma nova geração, culta, preparada e capaz de perpetuar o futuro de seu Reino.

Os resultados seriam absolutamente deslumbrantes.

Assim, ao ler o texto de JB, não pude deixar de escrever sobre um dos períodos que mais me apaixonaram, que mais captaram o meu fascínio de jovem adolescente percorrendo os trilhos da Babilónia, o sangue em Gaugamela com a derrota do império Persa e de Dario III, até ao dias finais de Alexandre  no  Palácio de Nabucodonosor II, por entre, a solidão e a tristeza que lhe tomara conta da alma.

Nesta aventura não poderei deixar de salientar:

- Bucéfalo, o seu cavalo, negro como a noite, veloz como o vento, forte como o mais bravo dos Deuses, acompanhou Alexandre durante 20 anos, em tamanhas batalhas, épicas disputas que marcariam a Humanidade.

- Ptolomeu, Nearco, Pérdicas, Heféstion, Cleitus, Parménio ou Seleuco, alguns deles companheiros de Alexandre desde a infância e também eles alunos de Aristóteles.

Citando JB:

"Imagino esses tempos gloriosos da Humanidade: reis filósofos, debates nas ruas, ciência e filosofia..."

Que bela imagem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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