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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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21.07.22

A Verdadeira Confiança


The Travellight World

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Nem sempre é fácil ter confiança, principalmente quando temos uma natureza auto-crítica ou temos alguém sistematicamente a colocar-nos para baixo.

Mesmo aqueles que parecem mais confiantes, muitas vezes não o são. Uma pessoa pode ter muitos amigos, um milhão de euros, um corpo atraente… e ainda assim ser inseguro. Então a primeira coisa que podemos estabelecer é que a confiança não está necessariamente ligada a nenhum marcador externo, mas antes está enraizada na perceção que temos de nós mesmos, independentemente de qualquer realidade externa tangível.

Por exemplo ir morar com o nosso parceiro ou casar não nos deixa necessariamente mais confiantes no relacionamento. Ou conseguir uma promoção no trabalho não nos torna obrigatoriamente mais confiantes nas nossas capacidades profissionais. Na verdade, até nos pode tornar mais inseguros por nos vermos forçados a assumir uma maior responsabilidade.

Confiança é um sentimento. Um estado emocional e um estado de espírito. É a perceção de que nada nos falta. Que estamos equipados com tudo o que precisamos, agora e para o futuro.

Portanto, pode parecer que a solução óbvia para ter confiança é simplesmente começar a acreditar que nada nos falta.

Infelizmente sabemos que não é assim tão fácil.

Muitos por isso, adotam uma abordagem diferente: compram livros de auto-ajuda, leem artigos que lhes dizem 50 coisas que as pessoas confiantes fazem e tentam imitar — começam a fazer exercício, vestem-se melhor, praticam apertos de mão mais firmes, aprendem a manter um maior contato visual… Pelo menos sentem que estão a fazer algo para melhorar a sua falta de confiança. E, na verdade, isso funciona, mas apenas por um tempo.
Este tipo de comportamento, em última análise, concentra-se apenas em fontes externas de confiança, não nos dá nenhum senso duradouro de auto-estima. Cria só uma espécie de fachada ou máscara que apresentamos ao mundo, bloqueando a nossa capacidade de relaxar, de mostrar-nos como somos e de ter uma conexão genuína com os outros. É uma confiança artificial que se resume a tentar obter a aprovação de quem nos rodeia.

Mas há um outro tipo de confiança — aquela que é cultivada do interior para o exterior e que nunca nos vai faltar, independentemente da situação.
Talvez, contra-intuitivamente, este tipo de confiança exige o abandono do hábito de tentar impressionar os outros e de tentar obter a sua aprovação. Significa tirar todas as nossas máscaras, deixar cair as barreiras, abraçar a incerteza, a vulnerabilidade e… a coragem.

Só quando fazemos isto, podemos descobrir a verdadeira confiança.

Quando deixamos de lado a ideia de que nossa auto-estima precisa de ser conquistada, comprada ou rogada. Quando vemos que não precisamos de nos encaixar ou destacar para ser o suficiente e deixamos de lado as histórias e estratégias para fazer com que os outros nos amem e nos aprovem. Aí sim, começamos a aprender a relaxar, a compreender melhor o nosso próprio valor e, naturalmente, com esse conhecimento, emerge uma forma mais profunda e segura de CONFIANÇA.

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