América: Será Que Estamos Todos Loucos?
Filipe Vaz Correia
Como era diferente o mundo, o Partido Republicano e em certa medida o pudor Humano.
O Que diria Reagan de Trump?
Será que estamos todos loucos?
Esta foi a pergunta que muitas vezes me assolou durante o debate entre Kamala Harris e Donald Trump...
Será possível que observando aquele debate, ouvindo os dois candidatos, como se isso fosse necessário após tudo o que Trump já disse e fez, existam pessoas capazes de concordar e votar em Trump?
Parece que alguns milhões.
O mundo mudou, regrediu em certa maneira, deixando a nu a pequenez humana e a capacidade inesgotável de odiar inerente a um numero indeterminado de Seres Humanos.
Trump traz ao de cima o pior do Ser Humano, o ódio ao outro, o preconceito desmesurado, a ignorância instalada, o que exponencia o mais básico sentir do pulsar do Homem.
Sei bem que muitas vezes este tipo de sentir está também relacionado ao medo, receio do desconhecido, do outro que nos vem roubar o futuro que nos tarda a chegar, no entanto, isso não pode justificar tudo, servir de compreensão para a tacanhez inerente a este tipo de ideal, de pensamento.
O Partido Republicano, que outrora foi o pulsar do acolhimento à imigração, ao desenvolvimento, o grande combatente de ditaduras, é hoje refém de um louco, um racista, misógino e homofóbico empedernido que deu voz a um sem numero de radicais escondidos por esse mundo a fora.
Escolher Kamala Harris é mais do que um desabafo eleitoral, mais do que a expressão eleitoral de um cidadão, é uma obrigatoriedade para todos aqueles que sendo democratas, não no termo restrito da palavra mas sim no seu termo mais lato, entendem que estamos num momento critico de sistema democrático Americano.
O Estados Unidos responderão a 5 de Novembro a esta questão e espero, honestamente acredito, que possamos finalmente olhar para trás com o orgulho de uma vitória daqueles que acreditam na Democracia.
We're Not Going Back!
PS. Ver Europeus defenderem a política de Donald Trump, sabendo o seu pensamento sobre a NATO, é no mínimo risível, para não escrever patético ou ridículo.
Filipe Vaz Correia