Arruda Das Malas
Filipe Vaz Correia
Nada poderia ter sido escrito de forma tão genial como a história do deputado Arruda, na sua genialidade entroncada a uma realidade reescrita no céu da comédia.
O deputado Chegófilo, entregue à mediocridade da sua própria bancada, vê surgir na luz do momento a sua compulsão por pequenos furtos, malas nos tapetes do aeroporto, produtos que depois se apressa a vender na Vinted, por um euro, amealhando assim os cobres do seu roubo.
Tão bom...
Tão poucochinho.
Pedro Pinto, o ogre mor do reino de Ventura, se apressa a assinalar que não se responsabiliza se alguém da sua bancada lhe for às fuças, num toque de classe e glamour próprio deste tipo de personagens.
Na verdade, o Chega introduziu na Assembleia da República o meliante pé de chinelo, o trambiqueiro, o ladrãozeco de beira de estrada, capaz de gritar aos 4 ventos pela moralidade perdida, enquanto, rouba aqui e ali uma mala carregada de roupa.
Não me parece caso para nós nos admirarmos pois por aquela bancada estão alguns criminosos, experientes meliantes, que vão de roubar esmolas da igreja, a violência doméstica, de imigração ilegal a encontros com menores...
De tudo ali se encontra, por baixo do manto impoluto do seu populismo bacoco.
Obrigado Sr. Arruda pelo extraordinário momento de humor.
50 grunhos que tão bem representam, alguns, Portugueses de bem.
Filipe Vaz Correia