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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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02.04.25

Arte morreu?


Marco

A Viagem de Chihiro (Imagem: Studio Ghibli/Reprodução)

Nos últimos tempos, a internet tem estado em polvorosa com uma nova tendência: recriar a magia dos filmes do Studio Ghibli através de inteligência artificial. Imagens geradas por AI, imitando o estilo inconfundível de Miyazaki, estão a circular por todo o lado. Mas isto levanta uma questão inquietante: será que a arte morreu? Ou pior, será que a criatividade está a desaparecer?

O Studio Ghibli sempre foi um símbolo do trabalho manual, da paixão colocada em cada traço e na atenção aos detalhes que tornam os seus filmes inesquecíveis. Miyazaki, que sempre se posicionou contra o uso de AI na animação, representa essa visão purista da arte. No entanto, vemos agora ferramentas que imitam esse mesmo estilo sem qualquer intervenção humana real. Isto é um problema ou apenas uma evolução natural?

Há quem diga que esta tendência rouba a alma da arte, que a transforma numa fórmula vazia e mecânica. Outros argumentam que a AI pode ser uma ferramenta complementar, algo que potencia novas formas de criatividade, sem substituir o humano. A verdade é que, gostemos ou não, a tecnologia veio para ficar e continuará a desafiar os limites daquilo que consideramos "arte".

O que é mais preocupante nisto tudo? A facilidade com que podemos replicar um estilo icónico sem esforço ou a ideia de que, no futuro, artistas poderão ser substituídos por máquinas? A criatividade está ameaçada ou apenas a mudar de forma?

Talvez o verdadeiro problema não seja a AI em si, mas sim a forma como escolhemos usá-la. Se a inteligência artificial for apenas um atalho para a preguiça criativa, então sim, estamos a matar a arte. Mas se for usada como um instrumento para expandir possibilidades, talvez esteja apenas a nascer uma nova era de expressão artística.

E tu, o que achas? Estamos a assistir ao fim da criatividade ou apenas a um novo capítulo na história da arte?

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