Arte Xávega, arte dum povo, do meu povo!
Ana Mestre
A Arte Do Meu Povo
A terra que me viu nascer tem o mar como horizonte. Mar calmo e tantas outras vezes revolto, ganha pão de tantos homens e mulheres que fazem da arte xávega o seu oficio, a sua arte, a sua vida.
(Foto minha, a minha mãe de chapéu vermelho) Costa da Caparica, algures no fim dos anos 80
Lances, que depois de tanto esforço, traziam á praia uma mão cheia de nada, nem um peixe para contar a história. Outras noites havia, que o peixe era tanto, que na lota era quase "dado".
Recordo uma noite, em meados dos anos 90, em que se apanhou tanta sardinha, que ficaram quilos e quilos abandonados na praia.
Hoje em dia, as coisas são diferentes, já não é necessária tanta mão de obra. O que não quer dizer que não seja trabalhoso, claro que é, mas não como em tempos idos.
O que era feito manualmente, agora é mecanicamente, com esta peça chave, que dá pelo nome de alador.
Tudo muda, mas confesso que tenho saudades de um lance á moda antiga.
Ana Mestre