Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

23.01.22

As eleições legislativas


O ultimo fecha a porta

Hoje irei exercer o meu direito de voto já que aderi ao voto antecipado. 

Veremos o que nos reserva os próximos dias mas vou deixar um post polémico sobre como vejo os partidos à data de hoje.

Ponto prévio: Não sou mulitante nem adepto de nenhum partido.

 

PS

6 anos já é tempo suficiente para conduzir os destinos do país. Beneficiou da recuperação económica global pós troika e lidou bem com a pandemia. Apesar da comunicação confusa e deficiente, a coisa ficou controlada em Portugal.

Porém, associo esta governação à "cunha", às nomeações familiares em vez do mérito, ao desbaratar de dinheiros públicos no buraco "TAP" (a viagem via Raynair para os Açores nesta campanha é a bofetada de luva branca sobre o "interesse estratégico" da companhia) e ao ministro Cabrita, um dos piores que tenho memória nos meus curtos 33 anos.

 

PSD

Liderado por uma pessoa teimosa e arrogante, que não sabe bem o que quer. Coliga-se a radicais nos Açores, vai atrás dos mediatismo com Suzana Garcia, dá cobertura a autarcas com acusações de abusos de poder e fica a sensação que deixá-lo sozinho no poder é um perigo à solta pois é muito quadrado nas suas convicções. No seu programa e debates, não percebi o que verdadeiramente pretende para o país e quais as suas bandeiras.

Contraria as sondagens como se viu na eleição de Rio no Congresso e de Carlos Moedas em Lisboa.

 

CHEGA

Tem algumas coisas que concordo e muitas que me revoltam. Assusta-me a manta de retalhos que é o partido e sobretudo não saber quem faz parte das listas e está elegível para deputados. Não promete nada de inovador, tem ideias muito conservadoras e posições pouco inclusivas e muito extremadas. A colagem a movimentos negacionistas da covid 19 é ainda mais aterrador.

 

BLOCO DE ESQUERDA

É o grande causador desta instabilidade, quase como um amuo. A sua bandeira é a ... TAP. Não traz grandes inovações, nem promete estabilidade. Mais do mesmo...

 

INICIATIVA LIBERAL

Uma das surpresas, com bons quadros nas suas listas. Tem ideias inovadoras e trouxe um tema que valorizo: o IRS guloso que come aumentos salariais e desincentiva a progressão nas carreiras. Desiludiu-me na temática do ensino superior pago pelo estudante pelo estudante que é assumido pelo Estado ao fim de alguns anos. Uma proposta confusa e sem sentido. A desvalorização das alterações climáticas também não jogam a seu favor.

 

CDU

Existiu nesta campanha? Não gostei da cobardia de fugir aos debates dos canais por cabo e não sei o que traz de novo.... Praticamente não se ouviu e será mais do mesmo, com as caras de sempre. Deve ser salvo pelos resistentes sindicalistas da Zona Sul, mas parece que nem entra para as contas.

 

CDS

O seu líder surpreendeu com as jigajogas no seu Congresso com medo de perder para Nuno Melo. E isso levou à sua descredibilização como político. Um miúdo mimado e imaturo. Nos debates não gostei do seu estilo de grito seguindo o de André Ventura. Não é a defender as touradas contra o PAN que conquista pessoas. Salvou-se a sua ideia para a reforma do IRS, que passou despercebida no meio de tantas polémicas.

Não sei se sabiam... eu só soube estes dias, que FRS foi considerado um dos millenials mais promissores pela Forbes.

 

PAN

É dirigido por uma mulher e isso é bom (só há mais Catarina Martins e Renata Cambra). Admiro a flexibilidade de se juntar ao partido que vá de encontro aos seus ideais. O PAN tem as suas causas e não tem de se colar nem à Esquerda nem à Direita. Não concordo com essa crítica dos comentadores, sinceramente. Critica-se os políticos que muitas vezes são do contra só porque sim. Um diz que é flexível e é logo atacado.

Como ponto negativo, vejo o programa muito proibicionista e ausência de caras novas.

 

LIVRE

Depois do terramoto Joacine, limpou a imagem quando o líder pôs André Ventura "na linha" logo no primeiro debate. Os comentadores destrutivos vêm logo criticar que é um partido que é constantemente derrotado. Discordo desse bota-abaixo. Então, se uma pessoa tem umas ideias para o país e tem a coragem de fundar um partido, qual é o problema de seguir as suas convicções? Tem de eleger sempre para se sentir realizado? Como crítica, destaco a ignorância que dá ao resto do país, pois até recusou uma entrevista no Porto Canal.  Em vez de discutir a quinoa, devia discutir a coesão territorial.

 

Dos restantes partidos, uma professora da minha idade destacou-se no debate na RTP. Renata Cambra. A agência Lusa ajudou com a notícia dos "elogios" que recolheu no Twitter dando visibilidade. Um discurso diferente com uma causa: a carreira dos professores. Seria interessante vê-la no Parlamento.

18 comentários

Comentar post