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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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01.06.20

As Fragilidades Da Democracia...


Filipe Vaz Correia

 

 

 

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As fragilidades da Democracia ficam patentes nestes tempos que vivemos, por entre, tumultos no Brasil ou nos Estados Unidos...

Não esquecer os confrontos dos jovens em Hong Kong ou os coletes amarelos em França.

Tempos difíceis...

Olhando para o que se passou ontem em São Paulo ou em várias cidades Norte-Americanas, torna-se impossível não recordar o quão importante é o voto, esse momento decisivo que define o rumo de uma Sociedade, o destino de uma Nação.

Vivemos em tempos de mediatismo populista, fruto da popularidade de homens menores, intelectualmente incapazes, que apoiados em redes sociais e num vasto conjunto de Fake News conseguiram fazer refém o desespero de milhões que viram neles a resposta ao Status Quo das elites políticas de sempre.

O problema nesse tipo de voto é a fragilidade das "personas" em questão, o seu lado divisionista e bélico que contribui para um clima de constante conflito.

Este tipo de incapacidade intelectual e boçalidade indisfarçável contribui para desnudar feridas abertas na Sociedade, essas mesmas feridas que servirão de cimento para unificar as suas radicais bases políticas.

A Democracia, esse lado utópico de construção de uma comunidade, lida hoje com o seu pior inimigo, esse palco político que permite que mentiras se transformem em "verdades", que ódios disfarçados se "normalizem", que pequenos "lideres" sejam olhados como "estadistas"...

Esse perigo, desde que permitido sem combate, poderá minar Instituições, descredibilizar o debate político e criar clivagens insanáveis entre cidadãos.

Neste caminho não cabe nem Esquerda nem Direita, apenas extremos, extremismos plantados nas mentes de alguns que sufocam a esperança num futuro melhor.

Importa reflectir, indignar e compreender que não será através de populismos ou bacocos populistas que se encontrará uma solução para as frustrações do dia a dia.

Claro que é mais fácil apontar a outros a razão de nossas desventuras, carregar nos extremismos para justificar cada pedaço de insatisfação, no entanto, esse será sempre o rumo para o desmembramento democrático de nossas Sociedades.

Será através de debate, de uma constante busca por empatias e pontes, de uma capacidade de encontrar soluções abrangentes e inclusivas, que poderemos reencontrar um trilho seguro, capaz de construir esperança e unidade.

Com diferenças, posições antagónicas, discussão e pluralismo, com vozes de esquerda, de centro ou de direita, com Liberais e Conservadores, Progressistas e Humanistas...

Com todos mas sem facilitar o terreno para aqueles que, sendo "escroques", se servem dos seus direitos democráticos para passear as suas populistas agendas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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