Até Nunca Mais… “Amor Meu”
Filipe Vaz Correia
Tenho cartas na mente;
Nas noites em que estás ausente,
Nos dias dormentes,
Por entre, as dúvidas prementes,
Desse adeus presente.
Um adeus que se imortaliza;
Nunca desaparece,
Sobra na penumbra dos medos,
Pincelando os segredos,
Que sempre nos pertencerão.
Mas os gritos calados;
Surdos e mudos,
Vão se tornando os muros,
Autênticos murros,
Desvanecendo a querença.
E assim fica mais ténue a dor;
Essa espécie de ardor,
Voando nas asas de um condor,
Anunciando sem pudor,
O término do que um dia...
Foi amor.
Até nunca mais...