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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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07.06.22

Big Brother: como o jogo mudou ao longo dos anos


marta-omeucanto

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No âmbito do Big Brother, muito se falou de jogo. Mas…

O que é “o jogo”?

Quando fizeram o primeiro BB, qual era a ideia?

Pôr pessoas diferentes, fechadas numa casa, isoladas do mundo exterior, e ver como interagiam entre si, como ultrapassavam os desafios, com provas para executar. Pôr à prova o espírito de equipa e de sacrifício.

Uma espécie de experiência social, em que os concorrentes eram as cobaias de serviço.

O que surgisse dessa convivência - fossem discussões, picardias, amizades ou inimizades, amores ou ódios - seria natural e genuíno.

 

Depois com o passar dos anos, “o jogo” mudou. O conceito parece ter mudado, e o objetivo também.

Veio aquela ideia (ou imposição da produção) de que, o que antes era esperado, já não seria o suficiente para prender os telespectadores ao ecrã, e dar audiências.

Veio a ideia de que os concorrentes têm que “dar canal”, “entreter”, provocar reações (e discussões), gerar controvérsia, fabricar conteúdos. Se necessário for, encarnar personagens.

Vieram as causas.

E lá começaram os concorrentes a ir com estratégias, pensadas cá fora, aprimoradas lá dentro, consoante o desenrolar do jogo. Com a “bandeira” disto ou daquilo (que depois nem a seguem).

Já não bastava ser-se o próprio. Já não bastava participar nas atividades propostas. Não era aceitável que se fosse para lá sem qualquer estratégia, ou jogo pensado.

Quem não seguisse essa linha, quem não fizesse rir, quem não discutisse, quem não mostrasse os seus dotes, quem não entrasse neste novo espírito, era apelidado de “planta”.

 

No entanto, como em qualquer enredo, em que os vilões são essenciais, nem que seja para dar protagonismo aos bons, a maior parte das vezes esses vilões não têm finais felizes.

Se andarmos para trás, e olharmos para os vencedores anteriores, encontramos um Zé Maria, um Henrique, um Pedro Guedes, mais recentemente, uma Soraia, um Kasha, um Bernardo.

 

E, depois, há que não esquecer que, sobretudo no que diz respeito aos “famosos”, o jogo faz-se, também (e muito), de contratos, de promessas, de trocas de favores, de negociações.

Portanto, o jogo de hoje, é um jogo subvertido no seu conceito, e nas suas regras, com diversas parcialidades, interesses, incoerências, manipulações (disfarçadas de vontade do público), em que ficamos na dúvida sobre quem decide o final, e o vencedor, e quem é, realmente, merecedor de tal.

Nesta última edição, a Ana, o António, o Nuno e a Catarina, eram os “jogadores” de serviço. Em oposição, a Bruna, o Pedro e o Francisco, aparentemente, davam pouco à casa.

O certo é que os primeiros geraram discussões, polémicas, jogaram. Todo o jogo se centrou neles. E saíram. Não chegaram à final.

Os segundos, passaram pelos “pingos da chuva”. Pertenciam à team “peace & love”. E foram finalistas.

Afinal, ser “peace & love” compensa. E manter-se fiel a si próprio, também.

A prova disso é a, mais que merecida, vitória da Bruna!

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