Bolsonaro: O Mito Do Jacaré!
Filipe Vaz Correia
Ai Brasil, meu Brasil...
De facto parece inacreditável que a terra de Machado de Assis, Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Roberto Carlos, Cazuza ou Caetano, possa estar entregue a uma tão pobre classe política, enlameada por essa mistura de ignorância e corrupção.
Nestas imagens, o Presidente da República do Brasil aconselha as pessoas a desconfiarem da vacinação, nesse requisito básico do género anti-máscaras ou dos adeptos de teorias de conspiração...
Por entre, um linguajar básico, pouco mais de 500 palavras de léxico, como diria o Prof. Marco António Villa, assim prossegue Jair Bolsonaro, o Messias de uma espécie de alucinados que representam uma parte deste "nosso" Brasil.
Digo nosso porque um País é em grande parte o sentir e pulsar de sua cultura, e essa sempre fez parte de mim, em minha casa, nas mais entrelaçadas palavras e melodias.
Diante de uma tragédia inenarrável, o COVID-19 continua a ser tratado por Bolsonaro com a ligeireza dos incapazes, com uma gritante e ausente falta de empatia para com as famílias das centenas de milhares de mortos, para a dor plasmada em tantos cidadãos.
Mas o que se poderia esperar?
Toda a figura, em causa, é sinistra...
O Jacaré?
Ainda não falei, do pobre, do Jacaré?
O Presidente Bolsonaro resolveu alertar as pessoas para os problemas que poderão surgir caso lhes seja administrada a vacina...
Um homem pode ficar com a voz fina, a mulher ficar barbuda ou pior...
Virar Jacaré!
Hahahahahaha...
Escutam-se as gargalhadas dos figurantes, em forma de apoiantes, Governantes, "idiotas".
De facto, tendo em conta o magnífico trabalho feito por este miserável Governo, na Amazónia, é preferível a barba no rosto de uma mulher, a voz fina no "macho" bolsonarista do que virar Jacaré...
Acho que pela zona da Amazónia, a coisa "tá braba"!
Agora de uma coisa tenho a certeza, pior do que a barba, a voz ou o jacaré, pior seria "virar" ignorante...
E disso estamos livres.
Bolsonaro não tomou a vacina e...
Por ali reina a ignorância.
Filipe Vaz Correia