Cada País Tem A "Rainha Da Sucata" Que Merece...
Filipe Vaz Correia
Durante este Sábado, assisti amiúde à descida do Partido Chega pela Avenida da Liberdade, num gesto de proclamação de inexistência de Racismo em Portugal...
Muito bem!
Não escrevo este texto preocupado com Racismo, Preconceito, Homofobia ou qualquer outro tipo de discriminação em concreto, não será esse o mote do meu desabafo.
O ponto exacto que perturbou o meu pensamento foi a constatação da "nossa" Parrachita nessa manifestação, a sua presença em destaque, o mais possível, nessa frente unida de gente Não Racista.
Adorei...
Se fosse singelamente comédia seria perfeita, no entanto, parece que não é.
A minha preocupação, atendendo às imagens, foi para com a saúde da querida Maria Vieira, sempre irrequieta e dinâmica, perseguida por aquela faixa que teimava em lhe tapar o rosto.
Imagino as dores na coluna que não deve ter sentido, a "pequenita" actriz, no fim da manifestação, com a faixa a subir e descer, sem poder erguer a sua mão bem alto, pois era imperioso se manter ao lado do seu querido líder...
De pescoço esticado ao lado do seu Ventura.
Reparem que é metro e meio de comédia mas daquela energicamente dramática.
Ainda por cima com a dita máscara, protecção essencial nos dias que correm, não poderíamos reconhecer com tamanha facilidade a "simpática" actriz, sem o habitual espumar de boca, actualmente demonstrado em suas crónicas e palavras.
Suas?
Talvez.
Ao observar aquele desfile de gente, aquela maresia de gente amigável, não pude deixar de imaginar um governo do jovem André, com a Cultura ali em destaque...
Maria Vieira como Regina Duarte, a Rainha da Sucata, André Ventura como Bolsonaro.
Olha que ideia preciosa.
E de facto, talvez não andasse longe da verdade, pois quem com cultura, pelo menos um pedaço dela, poderia querer tal lugar?
Cada País tem a Regina Duarte que merece e a nossa é a Maria Vieira.
Com a imensa diferença de que por terras Lusas, Graças a Deus e com imensa esperança, acredito que jamais um populista e demagogo como Ventura chegará ao poder.
Mas isto sou eu que, por vezes, insisto em acreditar na Raça Humana...
Neste caso, na grandiosa Alma Lusitana.
Filipe Vaz Correia