Portugal está quase debaixo de água. Estávamos a precisar de chuva e não há fome que não de em fartura. A Aline não tem piedade de nós e de forma incessante faz transbordar ribeiras, submergir carros, inundar casas etc. Deixando à vista de todos a falta de manutenção, limpeza e cuidado com as nossas infra-estruturas.

 Ainda assim, não estamos assim tão mal. Basta esperar pela próxima notícia do telejornal para perceber que enquanto nos nos preocupamos com pingos de água que caem do céu, há quem se preocupe com outras coisas bem piores que caem desse mesmo céu.

  Sejam bombas ivindas de Israel ou da Palestina a população de Gaza não tem descanso. A guerra de informação é tão real como a guerra no terreno e provavelmente nunca saberemos toda a verdade.

 Da mesma forma que os extremos políticos se alimentam uns aos outros, e em muitos casos são mais parecidos do que distintos; também o Hamas e a extrema direita israelita (representada por Benjamin Netanyahu) acabam por servir os interesses um do outro. O Hamas, na sua busca incessante de angariar seguidores e espalhar o terror, vai ajudando o povo maltratado da faixa de Gaza, medicamentos, alimentação, vai demonstrando preocupação com um povo abandonado e oprimido. Conseguindo assim radicalizar um grande número de jovens para espalhar o terror por Israel. Netanyahu por seu lado, com estes atentados do Hamas vê justificada a sua política de agressão continuada à Palestina, com as costas aquecidas por um EUA carregados de sentimento de culpa da 2aGM e com um lobby de judeus ultra ricos e poderosos que não o deixam cair e justificam tudo o que Israel possa fazer. O que vai inevitavelmente atingir não só o Hamas mas também muitos palestinos inocentes e facilitar o trabalho do Hamas em angariar mais radicais para os seus atentados terroristas.

  O que o Hamas fez é inaceitável e merece condenação sem sombra de dúvidas, acho que é verdade que o que Israel fez, faz e ainda vai fazer é igualmente reprovável e merece condenação na mesma medida. Até me atrevo a dizer que a responsabilidade de Israel é maior, na mesma medida em que a responsabilidade de alguém muito forte é maior do que alguém mais fraco. 
 Já dizia o tio do homem aranha e é verdade "Com grande poder vem uma grande responsabilidade".

 Com tristeza constato que não há fim à vista para este ciclo de violência e tragédia onde tanta gente exatamente como nós, que só quer seguir as suas vidas em paz, por ter nascido num lado ou outro daquela malfadada fronteira não consegue escapar.  

 Como por exemplo esta criança Palestina, com a camisola do Ronaldo...

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JB