Critério para ser ministro
O ultimo fecha a porta
Quando leio Eça de Queirós ou Camilo Castelo Branco, fico sempre surpreendido quão atuais são as suas narrativas.
A mais recente dança de cadeiras no Governo português é uma desilusão para mim, que sou otimista quanto à meritocracia e independência do poder político. Sobre as saídas e casos já muito foi dito, pelo que vou focar nas escolhas para ministro. Não vejo experts nas respectivas áreas, nem académicos com obra feita. Vejo promoções políticas de pessoas sem experiência prática.
Para comandar um país, não é preciso ter mérito técnico nem ideias para progredir o país. É preciso pertencer a um Juventude partidária, ser assessor do partido e ter um bom padrinho. Além de uma remuneração choruda, é o caminho mais fácil para chegar ao poder.
Deixa-me triste constatar isto porque são maus vícios na política e desencoraja os competentes a ambicionar um país mais audaz e desenvolvido. Porque ter ideias, conhecimento do terreno, inteligência e espírito crítico não vale chega.