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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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20.02.23

Custo de Vida: Quem Ainda Tem Mealheiro?


Filipe Vaz Correia

 

 

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Ir ao supermercado tornou-se numa aventura, engenharia financeira se preferirem, capaz de nos levar para os livros de Harry Potter...

Sinceramente, quando neste Domingo cheguei à caixa do supermercado fiquei incrédulo com o valor da conta a pagar.

Inacreditável...

E acreditem que sou aquela pessoa que olha para descontos, está atento a promoções, que vai somando as parcelas para ter uma ideia do valor a pagar.

Os dígitos vão se encavalitando, a soma quase pornográfica vai se estabelecendo e depois sobram os zeros para nos assustar...

Juro que o rapaz da caixa, cliente após cliente, quase que cora quando vai disparando as dezenas ou centenas de euros que nos pede.

Olhei atentamente para a factura, que nos dá fictícios descontos de poupança, e cheguei a uma singela conclusão:

Os preços após os descontos, serão os preços sem desconto de há dois ou três meses...

Exactamente isto.

O nível de custo de vida subiu desmesuradamente e isso  é uma questão me encanita...

Como sobrevive o Português médio, aquele que recebe mil e poucos euros, que tem de pagar a casa, a luz, a água e o gás, a roupa e a comida dos miúdos e os famigerados impostos?

Como consegue uma pessoa armazenar dinheiro para as 5 rendas de entrada que alguns senhorios pedem?

Olhando para este retrato não me parece difícil ver uma crescente revolta entre os comuns cidadãos que se sentem cada dia mais encurralados.

Neste fim de semana, depois de um repasto muito agradável com um casal amigo, num restaurante onde vou todas as semanas, conversei com o responsável desse lugar que me expressou a diminuição de frequência no seu estabelecimento, uma queda que no seu olhar se reflectia num misto de preocupação e receio...

Jantar ou almoçar fora?

Está difícil sequer ir ao supermercado.

Por isso pergunto?

Quem ainda tem intacto o seu mealheiro?

PS. Li atentamente, como habitualmente faço, a crónica do nosso mui querido O Último Fecha a Porta e só vem corroborar esta minha ideia de que caminhamos rapidamente para uma escalada de preços absolutamente inenarrável e com proporções desmedidas.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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