Desafio: Equilibrar o mundo
JB
Neste passo frenético em que anda o mundo, com massacres em Moçambique, Estados Unidos (entre muito outros locais); cemitérios a trabalhar 24 horas no Brasil e uma nuvem de incerteza a pairar sobre as nossas cabeças, a palavra loucura cada vez parece mais estar na ordem no dia. É difícil ter um espírito aberto e positivo perante uma realidade tão avassaladora que todos os dias se impõe no nosso quotidiano. Numa procura de equilíbrio hoje lembrei-me de fazer uma sardinha diferente:
Vamos elevar os nossos espíritos tão sobrecarregados com notícias e confinamentos com poesia, shall we?
Desafio os meus amigos a deixarem nos comentários o vosso poema preferido de um autor à escolha, não custa quase nada e faz bem à alma!
Bem sei que a poesia não pode ser hierarquizada, escolher apenas um poema preferido é uma tarefa impossível. Não se pode escolher apenas UM poema, hoje é um, amanhã pode ser outro. Tem a ver com emoções e isso não se classifica; por isso o meu poema preferido hoje, é este:
D. SEBASTIÃO REI DE PORTUGAL
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura o que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa
JB