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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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06.01.25

Dia De “REI”: Memórias De Um Amigo


Filipe Vaz Correia

 

 

 

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Autor: Matt Cole


E chegou o dia de Reis, 6 de Janeiro, dia em que os nuestros hermanos trocam presentes, dia em que durante dez anos da minha vida me habituei a festejar, devido ao simples facto de o meu melhor amigo de infância fazer anos nesse especifico dia.

Quem acompanha este meu escrevinhar nestas paragens Sapianas, desde o meu Caneca de Letras, sabe que em todos os 6 Janeiro escrevo algo que me salta da memória, da alma, para o meu Luís Miguel e este 6 de Janeiro não poderia ser diferente.

Na verdade, a despedida, saudade, comporta nela uma tristeza que acaba por marcar, não só as datas mais tristes, como também, as mais felizes, da mesma maneira, da mesma forma, pois pincela com um sabor amargo, carregado de saudades, mesmo aquelas datas que anteriormente eram de alegria.

Mesmo assim, mantendo viva a tradição e essencialmente a memória, quero aqui vos deixar em poucas linhas um pedaço do Luís...

O Luís era um menino traquina e alegre, gostava de jogar futebol e era benfiquista, teve uma paixão pela Sofia com quem namorou pela casa dos dez anos, comia pastéis de massa tenra e nunca almoçava no colégio pois a sua casa era perto.

Jogava rugby e andava de scooter, uma BWS, fumava Malboro encarnado e gostava de botas de cowboy, não as bicudas mas quadradas, blusões de ganga e duffys, importa referir que sempre fui contra as botas de cowboy, ou quase sempre, era leal e destemido, gostava de jogar CM e de sonhar...

Essencialmente de sonhar.

O meu Luís nasceu no dia 6 de Janeiro de 1978 e partiu em 21 de Outubro de 1996...

Durante esse breve período marcou a vida de algumas pessoas e eu tive o privilégio de ser uma delas.

O cancro levou-lhe a vida e eu aqui me mantenho tentando manter a sua memória nas minhas letras, na minha alma, na minha saudade.

Foi a pessoa mais corajosa que alguma vez conheci, o mais bravo e destemido menino, homem, que lutou até ao fim com o olhar carregado de coragem.

Até sempre irmão...

Com amor

Pipo

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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