Escuto e leio com alguma frequência, relatos de quem foi confrontado com expressões jocosas como "a doença da moda" quando se fala de depressão, de ansiedade ou de crises de pânico. Estes relatos envolvem estratos alargados da nossa população: das crianças aos mais velhos, das pessoas com menos escolaridade aos licenciados, onde se incluem até alguns médicos. Homens, mulheres que todos os dias partilham a sua vida com a depressão, a ansiedade e as crises de pânico, mas também com o estigma que delas decorre.

Normalmente são afirmações feitas por "fortes" que não sabem que os que vêem como "fracos" são na realidade muito mais fortes do que eles, alguma vez, foram capazes de ser, porque é preciso ser muito forte para vivenciar estas situações e continuar o seu caminho todos os dias.