A Aliança de Esquerda venceu as eleições legislativas Francesas com o Ensemble, do Presidente Macron, em 2º lugar e a extrema-direita da União Nacional em 3º lugar...

Esta é uma vitória de grande expressão quando muitos deram a vitória ao partido de Marine Le Pen, sendo que a única questão era saber se estes teriam a maioria absoluta ou a maioria relativa.

A História fez o seu percurso e a tendência histórica manteve-se...

Aquando de uma segunda volta, os Franceses repudiam a Frente Nacional, repudiam a sua boçalidade, o seu extremismo, a sua radicalidade.

No entanto, não podemos omitir que a Aliança de Esquerda, principalmente Mélenchon, também contêm no seu discurso uma certa radicalidade, um certo apetite por um populismo crescente, porém, importa salientar que em nada este movimento transcende o respeito pelos quadrantes democráticos, algo que não poderemos dizer dos radicais da Frente Nacional.

Macron tem de tirar lições destas eleições, deve deixar governar quem venceu, deve apoiar a esquerda tentando que o seu programa possa ser posto em marcha, com arestas por limar, com propostas a serem debatidas mas essencialmente com uma visão de progresso para todo o seu povo.

Só assim nos poderemos livrar do espectro da extrema-direita.

Viva a França...

Viva a Liberté, Égalité, Fraternité.

PS. Uma palavra para o ainda Primeiro-Ministro Gabriel Attal que apresentou a sua demissão, na melhor tradição repúblicana, não se amarrando ao poder.

Acredito que este nome ainda poderá ser uma das melhores soluções para as Presidenciais vindouras, veremos como e quem se assumirá como solução até lá.

Filipe Vaz Correia