Eleições outra vez? Já merecíamos um cartão de pontos!
Marco
Bem-vindos a mais um capítulo da política portuguesa, esse filme que nunca tem um final feliz. Desta vez, o protagonista é Luís Montenegro, que conseguiu sair de cena quase tão rápido como entrou. O governo dele durou pouco, mas deixou-nos, como sempre, com muito para comentar.
O que aconteceu? Bom, Montenegro achou boa ideia testar a sua popularidade com uma moção de confiança, um pouco como perguntar a um grupo de amigos se devemos dividir a conta do jantar quando ninguém quer pagar. O resultado foi previsível: um "não, obrigado", e lá se foi mais um governo abaixo.
Pelo meio, ainda houve rumores de negócios suspeitos ligados à família do primeiro-ministro. Nada ficou provado, mas já sabemos como funciona: quando há fumo, toda a gente começa a procurar o fogo. E, em política, às vezes, basta o cheiro para estragar a festa.
Agora, toca a preparar mais uma eleição. É a terceira em quatro anos, o que nos faz pensar que os portugueses já deviam ter direito a um cartão de fidelidade das urnas. Entretanto, os problemas continuam: os jovens vão embora, os salários não acompanham o custo de vida e os cafés continuam a ser o melhor sítio para debater o futuro do país. Pequenos detalhes.
Vamos lá ver quem será o próximo a tentar a sorte. E, mais importante, será que desta vez o governo aguenta pelo menos até à Páscoa?