Eu, "Dono de Casa" Me revolto...
Filipe Vaz Correia
Durante esta semana que passou fui surpreendido com a apresentação de um livro, "Identidade e Família", que contou com a presença de Pedro Passos Coelho assim como várias figuras destacadas de uma nova, velha, direita.
Sinceramente foi para mim uma tremenda desilusão...
Felizmente um amigo arranjou-me o livro, e apesar de ainda não o ter lido na sua totalidade, as citações já nos levavam para um caminho promissor.
Aliado a estas pérolas que iam chegando fui acompanhando alguns dos autores, nas mais variadas televisões, explicando a todos nós como seria bom regredirmos algumas décadas, em alguns casos séculos para que a sociedade voltasse a ser um espectáculo.
Desses homens iluminados, um em particular me deliciou, o Senhor Professor Doutor Paulo Otero, um cavernícola adormecido que com os sinais do tempo resolveu sair da sua caverna longínqua e nos brindar com alguns pensamentos absolutamente indescritíveis.
Este mesmo senhor foi aquele que num enunciado de um exame resolveu comparar as relações entre dois homens ou duas mulheres, com relações entre um humano e um animal irracional...
Leram bem.
Posto isto, venho aqui essencialmente me indignar com uma passagem deste pensamento pré-histórico, o de que deveria existir uma lei que protegesse e promovesse a mulher como Dona de Casa...
Ora bem, tendo eu um horário feito por mim, sendo dono e senhor do meu tempo, ao contrario da minha mulher que se encontra dentro dos horários laborais da maior parte da população, ou seja entra cedo e sai perto do anoitecer, venho aqui reivindicar o meu direito a ser Dono de Casa, o que me pareceu pela explicação do Professor Otero, ser algo não previsto no seu pensamento.
Ora porque razão não me pode proteger a lei se disponho de mais tempo em casa do que a minha mulher?
Esta ideia revoltou-me.
Quero lá saber dos homossexuais e das lésbicas...
Quero lá saber das mulheres promiscuas que fazem abortos...
Quero lá saber daquelas crianças ranhosas a quem este pensamento as votará a um orfanato, salvando-as assim desses "maricas" que as querem adoptar...
O que a mim me preocupa é não contemplarem esta possibilidade de nos deixarem, homens, a poder usufruir dessa protecção caseira salvando-nos do rebuliço quotidiano do mercado de trabalho.
E atenção que para o primeiro caso atrás descrito já existe uma solução:
Terapias de conversão e eles passam logo todos a gostar do sexo oposto.
Para o segundo caso, cadeia com elas que aprendem logo a não fornicar por prazer, deixando de ser mulheres pecadoras e destruidoras da boa moral e dos bons costumes.
E no terceiro caso conto que o Professor Otero e seus correligionários se disporão adoptar aquelas crianças que sendo salvas de famílias disfuncionais receberão assim os bons mandamentos de uma família "normal".
Assinalando assim esta minha revolta neste texto, sobra-me a esperança que novos tempos venham para salvar este País que caminha rumo a uma sovietização marcada nestes últimos anos com o amordaçar dos meios de comunicação, repleto de esquerdófilos, Marques Mendes, Paulo Portas, Sebastião Bugalho, Manuela Ferreira Leite, José Miguel Júdice, José Manuel Fernandes, Helena Matos, só para citar alguns, que nos entram em casa através das televisões com a sua agenda Woke capaz de destruir este Pais à beira mar plantado.
Viva Portugal.
Filipe Vaz Correia