Fugir da sombra
The Travellight World
Foto: Travellight
Um homem que tinha medo da sua própria sombra tentou fugir dela. Mas é claro, independentemente da velocidade a que corria ou quão longe fosse, a sua sombra acompanhava sempre o ritmo.
Ele acreditava que nunca poderia ser feliz a menos que se livrasse da sombra, então correu cada vez mais, e mais rápido, até que finalmente ficou tão exausto que o seu coração parou e ele caiu morto.
Ele não percebeu que se tivesse relaxado e sentado para descansar, a sua sombra teria desaparecido naturalmente e ele poderia ter ficado à vontade.
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Esta velha fábula budista oferece-nos uma boa metáfora de como é importante trabalhar o nosso lado mais sombrio e trazer a luz da consciência aos lugares mais obscuros da nossa mente.
Nem sempre é fácil ou confortável olhar para partes de nós que não gostamos e preferimos não ver, mas vale a pena o esforço porque, ao fazê-lo, podemos parar de lutar contra nós mesmos, deixar de lado o sofrimento desnecessário e, finalmente, encontrar força mental, equilíbrio, calma e até a felicidade.
Ver pode ser libertador.
Se percebermos aquilo que nos faz retrair, podemos parar de fugir de nós próprios, abrir o coração e deixar para trás tudo aquilo que nos tem presos ao medo, ao ódio, na defensiva ou na ignorância.
Se entendermos de onde vem os nossos preconceitos (os conscientes e os inconscientes) e aquilo que mina a nossa auto-estima e auto-confiança, podemos eventualmente ultrapassar “as sombras” e abraçar a verdadeira liberdade e paz de espírito.