Fui Ver A barbie
Filipe Vaz Correia
Fui ao cinema ver a Barbie...
Com algumas reticências, lá interrompi um dia de praia, dia tristonho e nublado, para ir ao cinema, com a minha mulher, ver a Barbie.
Depois de tanto entusiasmo e ao mesmo tempo de tantas críticas preparei-me para um filme marcante...
Das duas uma, ou iria odiar ou iria adorar.
Entrei para a sala composta e depois de dois ou três minutos já me apetecia sair, sendo insistentemente acompanhado de um pensamento recorrente:
O que estou aqui a fazer?
Verdade seja dita, com o passar do tempo, fui me deixando levar pela dinâmica do filme, não que seja uma dinâmica muito especial, porém ela existe.
Devo fazer parte de uma minoria mas nem odiei, nem adorei, desconhecendo a razão para tamanho entusiasmo ou para tamanho desagrado.
Nada ali notei que fosse ofensivo, nada ali notei que fosse brilhante.
De um lado desta barricada poderemos encontrar aqueles que impregnados de uma masculinidade frágil gritam aos ventos o fim do homem viril, personificado naquelas cabeças pela personagem Ken, do outro lado da barricada poderemos encontrar aqueles que radicalizando desejam demonstrar que o novo normal deve exterminar a velha normalidade e os seus costumes.
Enfim o filme Barbie é somente isso...
Um filme!
E como deve ser com a sua expressão e liberdade artística, com a sua razão de roteiro e a sua verdade na história.
Se me arrependo de ter ido ver?
Não.
Se o reveria?
Não.
Guardo a música de Billie Eilish que gostei imenso e que saltou para o meu Spotify.
Essa sim a ouvir, ouvir e ouvir.
Filipe Vaz Correia