Se formos ao dicionário vermos o significado de "intolerância" lemos que  é "tendência para não ouvir ou aceitar ideias, opiniões ou atitudes diferentes ou opostas".

Nos últimos dias fiquei particularmente sensibilizado com os cartazes de protesto ao Primeiro Ministro, com o vandalismo violento em Évora a uma exposição da comunidade LGBT e com o ataque mordaz à roupa de uma ministra.

As pessoas têm liberdade de se exprimir, mas quando roça a humilhação, o insulto e a violência, passa para outro nível. 

Critico o Governo, critico a Ministra que nomeia assessores a serem pagos a peso de ouro sem qualquer experiência apenas por virem da Juventude Socialista. Mas sou não posso, nem quero julgar a cor de pele de António Costa ou a roupa da ministra Mariana. Ela pode-se vestir como quiser, como gostar e como se sentir bem. É-me indiferente. Posso apenas opinar pelas decisões políticas que toma. Exatamente o mesmo se aplica a António Costa e sinceramente também me perturbou o teor dos cartazes na manifestação. Não me venham com a desculpa do "humor negro" ou da liberdade para justificar tudo e mais alguma coisa.

Em Évora, a situação foi ainda pior. Quem destruiu a exposição e agrediu o funcionário municipal, não exprimiu a sua opinião. Foi cobarde, intolerante e extremista. 

Um reflexo para o caminho perigoso para onde caminhamos, cada vez mais insultuoso, perigoso, conservador e muito regressista. 

A propósito, foram divulgadas as notas das provas de aferição com números assustadores quanto à retenção de conhecimento. Assustador, sobretudo pela grandeza da % e por comparação ao précovid. Será que a pandemia é a única causa? Ou as greves dos professores também contribuem para este atraso cognitivo?

Dá que pensar e acompanhar nos próximos tempos.