Juízes
O ultimo fecha a porta
Esta semana, foi anunciada a expulsão da magistratura do juíz negacionista que insultou polícias, num episódio medieval e inqualificável. Polícias que por sinal estavam impávidos e serenos a ouvir desconsiderações - se fosse um mendigo, reagiriam da mesma forma?
Adinate, uma expulsão que não é mais do que um despedimento. Haverá lugar a indemnização? Depende como se queria controlar os danos.
O despedimento era a única opção possível, mas fica a questão: que imagem deixam os juízes num espaço muito curto de tempo onde assistismos assim de memória ao:
i) festival de José Sócrates, com um juíz a reverter as decisões do seu colega;
ii) ao juíz Neto Moura que recorre a outro machismo medieval;
iii) à juíza que não acautelou o perigo de fuga de João Rendeiro;
iv) à lentidão da justiça com crimes a prescrever (além de João Rendeiro, lembro-me também de Vale Azevedo)
Fica a sensação de uma certa ausência de escrutínio onde cada uma faz o que quer, uma justiça para ricos e pobres e sobretudo muito lenta. Propositado ou não, há um problema crónico que tarda em ser resolvido, governo após govern, ano após ano: a lentidão.