Lisboa voltou a abanar!
Marco
Lisboa voltou a abanar! Na passada segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025, precisamente às 13h24, um sismo de magnitude 4,7 na escala de Richter fez-se sentir na capital e arredores. O epicentro localizou-se a cerca de 14 quilómetros a sudoeste do Seixal, a uma profundidade de 7 quilómetros.
E claro, assim que a terra tremeu, o ritual português ativou-se: primeiro a pausa dramática do "sentiste?", depois o frenesim das redes sociais com relatos detalhados e, por fim, a enxurrada de memes – porque em Portugal nada escapa ao humor, nem mesmo um abalo sísmico.
Apesar do susto, felizmente não há registo de danos pessoais ou materiais. Mas, como sempre, surgiram os peritos do café da esquina, cada um com a sua teoria: "Isto foi um aviso do que está para vir!", "Lisboa está assente em palitos!" e, claro, "Isto deve ser culpa do governo!". Se há coisa que não falta por cá são engenheiros sísmicos autodidatas.
Curiosamente, este sismo acontece apenas seis meses depois de um outro, de magnitude 5,3, ao largo de Sines. Coincidência? Talvez. Ou talvez o planeta só esteja a lembrar-nos que Lisboa está mesmo numa zona sísmica e que, um dia, o abalo pode ser mais do que apenas um susto e uma boa desculpa para sair mais cedo do trabalho.
As autoridades reforçaram a importância da preparação para futuros sismos. Mas será que alguém realmente liga? Provavelmente não. Aposto que a maioria nem sabe onde está o extintor mais próximo ou se há um plano de evacuação no prédio. Porque a verdade é esta: só nos preocupamos com segurança quando sentimos o chão a fugir debaixo dos pés.
Portanto, enquanto voltamos à nossa rotina e esquecemos que Lisboa tremeu, talvez seja uma boa altura para pensar: e se da próxima vez não for só um abano? Talvez seja hora de levar isto um bocadinho mais a sério... pelo menos até o próximo meme nos distrair outra vez.