Durante o dia de Sábado assisti, incrédulo, ao início de uma rebelião na Rússia, um tal de Wagner a querer confrontar o habitual Putin...

Vem pela autoestrada a caminho de Moscovo, anunciavam as televisões, Putin já fugiu, gritavam as rádios, já controlam Rostov, segredava-se nas redes sociais.

A tudo isto assisti sem saber o que esperar, o que pensar...

Amigos telefonavam para partilhar a estupefacção e os analistas profissionais ditavam certezas, enquanto se acompanhava a dita autoestrada até Moscovo.

Sobre o povo Russo ficámos a saber que não iriam trabalhar na Segunda-feira, sempre por causa do Wagner, por ordem do desaparecido Putin.

Por fim, pasme-se, o Wagner puxou do travão de mão em plena autoestrada, pensou duas vezes e num assomo de sensatez fez marcha atrás, tudo a pedido de um vizinho de bigode que parece ter um feitio irascível.

Putin perdoa, Wagner arrepende-se e Lukascenko volta a unir os pombinhos.

A novela chega ao fim, o argumento é chinfrim mas suficiente para prender à telinha da televisão o mundo.

Parece encenação, loucura e até comédia...

Mas certamente é o sinal mais evidente das últimas décadas de que o poder de Putin e da velha Rússia está podre.

E como todos sabemos estes regimes, assim como, a fruta normalmente caem de podre.

PS. eu sei que o Wagner é um grupo.

Filipe Vaz Correia