Nem Tudo o Que Reluz... É Racismo!
Filipe Vaz Correia
Durante este fim de semana, fomos surpreendidos com a noticia de um homicídio em Moscavide, um cruel assassinato envolvendo um actor de televisão, um jovem de 39 anos.
Este trágico acontecimento abriu telejornais, caiu no mediatismo televisivo e das redes sociais.
E muito bem...
Graças a Deus, ainda não somos uma espécie de Brasil onde este tipo de noticias são o quotidiano costumeiro dos cidadãos.
Em directo, ouvi o depoimento das pessoas que se encontravam no Café, as explicações da Policia e de alguns transeuntes que por ali passavam...
Infelizmente estamos perante um acto tresloucado, mesmo que premeditado, de um psicopata incapaz de controlar os seus violentos impulsos e que encontrou naquele jovem o destinatário para tão horrível epilogo.
Um cão...
Parece que na base disto se encontrava um conflito com um cão, o motivo cimeiro para se tirar a vida a outro Ser Humano.
Tristes tempos.
No entanto, no rescaldo deste assassinato, logo apareceram os radicais do costume, pois eles se encontram em vários pontos, nos extremos que tocam o espectro social e político...
O SOS Racismo, apressou-se a tomar esta causa como sua, numa apressada estupidez que acelera o conflito, busca antagonistas, tenta incendiar os ânimos.
O que compete a todos nós, aqueles que sentem o pulsar deste nosso País, é saber destrinçar entre a causa e o acessório...
Tentar comparar o que aconteceu com George Floyd e o que aconteceu naquela maldita hora em Moscavide é, simplesmente, puro populismo.
"As Circunstâncias Importam"
Não se pode comparar a História e o seu contexto, entre Minneapolis e Moscavide, se bem que ambas as palavras comecem por M, mas todo um mundo de civilidade as separa, de vivência, de uma cultura diferente.
Não perceber isto, é viver dentro de uma redoma incendiária que vai ganhando força nos dias de hoje.
Claro que existirão racistas em Moscavide, estou certo que devem existir, de várias raças e credos, no entanto, estou convicto que neste caso o assassino não matou aquele jovem por ele ser preto, mas sim pelo desaguisado vivido entre eles...
O assassinato não teve como motivação a cor da pele mas sim a discussão.
Poderia ser um preto, um branco, um castanho, um amarelo ou um vermelho...
Para um psicopata como aquele velho de 80 anos, seria indiferente a cor da pele daquela pessoa, para que tudo terminasse da mesma forma.
É esta a minha convicção.
Mas como vivemos num tempo de radicalismos, tudo é permitido em busca do soundbyte, numa desenfreada batalha pelo absurdo, sendo que essa absurdidade lhes poderá dar votos numas futuras eleições...
Nos raivosos extremos, tanto à esquerda como à direita.
Por isso importa ter atenção ao que publicitamos, com quem lutamos, quem apoiamos...
Como diz o ditado:
"Nem tudo o que reluz é ouro!"
Sendo assim...
Convém recordar:
"Nem tudo o que reluz... é racismo!"
Filipe Vaz Correia