O Banquete De Platão
Filipe Vaz Correia
Estou a ler o Banquete de Platão, um livro que há muito queria desfrutar numa viagem intemporal pela antiguidade Grega.
Tenho de admitir que é um privilégio navegar pelas palavras de Platão e Sócrates, pelos pensamentos de Homero e Aristófanes, pelas aulas dos mestres de Aristóteles.
Olhar para o mundo com aquela compreensão, voar pelas amarras destemperadas do amor...
Este livro, inspirado num banquete em casa de Ágaton em cerca de 416 a.c, é nada mais do que uma busca pelo amor, pelas suas mais variadas formas e explicações num olhar marcante de uma civilização carregada de sapiência.
Ainda estou a meio do livro mas não posso deixar de vos escrever para expressar como tem sido marcante caminhar por ali, num fascinante deslumbre que me inquieta e agarra.
O prefácio de Pacheco Pereira apenas abre o apetite para as páginas que se seguem, para as interrogações que sobram, para a constatação de tamanha modernidade neste pedaço de antiguidade.
Parece que retrocedemos em várias partes do globo em relação a estes homens, às suas visões do mundo, na busca pela aceitação e da honra, baseada na sabedoria suprema e no debate intemporal.
A cultura, sempre ela, em nome da Humanidade.
Uma pergunta me assalta:
O que diriam estes homens se conhecessem Bolsonaro, Putin, Maduro, Meloni, Trump ou Ventura?
Apenas um ou outro exemplo deste rol de demagogos.
De uma coisa tenho a certeza...
Não teriam assento neste banquete, nem mesmo para o servirem.
Aconselho a leitura de o banquete de Platão sem rodeios, nem receios.
Filipe Vaz Correia