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sardinhaSemlata

Um espaço de pensamento livre.

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12.06.23

O Cão Do Meu Avô…


Filipe Vaz Correia



 

 

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Quantas vezes terás de correr;

para encontrar aquele dono,

esse receio de esquecer,

uma imagem, um sonho;

um amigo...

 

Quantas voltas terás de dar;

para perceber que se foi,

que acabou por morrer,

aquele afago ao entardecer,

aquela presença a aquecer,

esse pedaço da tua alma...

 

Desespero ou loucura;

entre um latido, soluçar;

um olhar de ternura,

que acabará por encontrar,

a derradeira resposta...

 

Fidelidade sem preço;

nessa palavra ou amor,

buscando esse pedaço de apreço,

que se tornou nessa amizade...

 

Era assim o cão do meu avô;

que tentou vencer a morte,

desse dono que sempre amou,

até à eternidade...

 

E nessa eternidade certamente reencontrou;

aquele amigo de sempre.