Por vezes temos temas mais importantes, por vezes temos outros menos importantes, este que aqui comentarei tem tudo para ser um de menor importância, porém,  do ponto de vista institucional este tema reveste-se de uma singular relevância.

Marcelo Rebelo de Sousa, em visita ao Canadá, resolveu comentar o decote de uma cidadã com uma frase singular e brejeira:

"Olhe que ainda Penha uma gripe"

Vamos lá ver, a frase em si é triste, pequena ou até deprimente, mas reveste-se de um piropo desajustado, atrevido e de pouca classe, julgo mesmo que desapareceria na bruma dos dias se não se desse o caso de ter sido proferida pelo Presidente da República Portuguesa...

E é aqui que incide a minha crítica, ou seja, pessoas em cargos públicos que se perdem em comportamentos absolutamente recrimináveis e descabidos.

O cargo por si só aporta um determinado número de deveres que não devem ser de somenos, devem ser fiscalizados e exigidos àqueles que momentaneamente ocupam o cargo, representando uma instituição ou uma nação.

Esta polémica não mata Marcelo mas traz à colação as fragilidades da informalidade como o nosso Presidente da República gere as suas funções, desde o beijo à barriga de uma grávida, ao gelado no Santini entre crise Governamental ou até aos banhos em praias lisboetas...

Informalidade que em demasia se transforma em gafes, erros e trapalhadas.

Não acho que Marcelo seja sexista, antes pelo contrário, no entanto creio que passávamos bem sem considerações Presidenciais sobre os decotes de cidadãos que se encontram com ele na rua.

Filipe Vaz Correia