O dia da mulher e a ação
O ultimo fecha a porta
Ironia do destino, em 2024, o dia da Mulher calhou dois dias antes das eleições.
Sou contra este dia, uma espécie de discriminação positiva que mascara uma irrelevância dada durante todo o ano. Mais do que um dia, valorizo a importância das quotas de género. Essas, sim, são decisões com impacto na promoção da igualdade.
O dia da Mulher serve para três coisas:
- a primeira (e única útil) é a publicação de estudos e estatísticas sobre a desigualdade salarial, social e de violência. As conclusões não mudam durante os anos e onde se vê pouca evolução.
- a segunda é a oferta de flores, chocolates e outros materiais pelas empresas. Fazem questão de colocar nas redes sociais, mesmo que corram as mulheres a salário mínimo e não dêem a mínima hipótese de acederam a cargos de liderança.
- a terceira é a parte comercial com bailaricos por tudo que é restaurante (com menus especiais, música ao vivo, oferta de flores, espumante, ...)
Hoje temos eleições, onde só existem duas mulheres como cabeça de lista em partidos elegíveis. Muitas das mulheres que partilharam e que promoveram o dia da mulher têm hoje a oportunidade de mudar o destino do país, dado que os partidos têm visões muito diferentes da igualdade e da promoção da mulher.