O Gato Que Salvava Livros
The Travellight World
“O gato que salvava livros”, de Sosuke Natsukawa foi o primeiro livro que li este ano. Comprei-o porque, gostando eu de livros e de gatos, o título imediatamente chamou a minha atenção. Também aprecio autores japoneses por isso não havia razão para não trazer o livro para casa.
É um livro fininho (tem apenas 156 páginas), de leitura rápida, que segue a história de Rintaro, um estudante do ensino secundário, que recentemente perdeu o seu avô.
Rintaro é um ’hikikomori' (pessoa que gosta de se isolar) e o seu mundo fica virado de pernas para o ar quando um gato falante, com a missão de salvar livros, de repente entra na livraria que o avô lhe deixou.
Quem conhece bem o universo da animação japonesa, principalmente os trabalhos dos Estúdios Ghibli, vai sentir que este gato com certeza podia ser a estrela do próximo filme.
Sempre que Tigre (assim se chama o gato falante) aparece sem avisar, a parede de madeira dos fundos da livraria dissolve-se em labirintos e paisagens surreais, conduzindo Rintaro em diferentes missões (quatro no total) onde aprende a salvar a ideia dos livros, recordando ao mesmo tempo as sábias palavras do avô já falecido sobre o poder dos livros, as provações e as recompensas da leitura. Ao fazer isso, ele torna-se independente, pronto para conhecer um mundo muito maior do que a pequena livraria em que sempre se refugiou.
No geral esta fábula, cheia de paisagens improváveis e personagens excêntricas, mas reconhecíveis, contém uma mensagem maravilhosa e muito simples sobre o que é o respeito pelos livros e o poder transformador da leitura.