Palavras À Solta
Filipe Vaz Correia
Nem sempre um texto faz sentido, nesse entrelaçado sentir que tantas vezes se assoma, apresenta, arrebata.
O amor...
Tantas vezes se aproxima, de mansinho, soletradamente chegando para desenlaçar essa solitária solidão que nos amarra, para descontinuar o desatinado destino que se tem como seguro.
Esse amor que fere, magoa e arrepende, que conquista batalhas e acelera vertigens...
Essa espécie de querer que sendo sincero vence montanhas, desvia rios, aproxima horizontes longínquos.
No palpitar da alma, vezes sem conta, esse ferro que mata é aquele que brandindo ecoa nas distantes paragens, esse eco que fica para a vida, de toda, por todas elas.
No olhar desse amor se sente o ferver do sentir e também nele se desvanece esse mesmo querer que magoa...
Tantas vezes, todas elas, numa só.
Escrever, escutar, olvidar, tanto terreno bravio a palmilhar, nesse deserto que sobra depois de tamanha desilusão...
Morri por dentro...
Mas por fora continuarei a sorrir.
Um Bom Ano Novo Para Todos Vós...
Nós!
Filipe Vaz Correia