Nos últimos dias tenho-me lembrado muito deste provérbio:

"Atrás de mim virá,  quem de mim, bom (me) fará."

Temo que esta velha máxima popular se comprove acertada assim que terminarem as nossas próximas eleições. 
Assim de repente, e ainda sem falar em Portugal, lembro-me do tempo em que George Bush filho, na altura em que era presidente dos EUA era considerado por muitos (eu inclusive confesso) como alguém pouco preparado e sem grande curriculum para ser presidente dos Estados Unidos. Passados uns tempos veio Trump  e fez com que George Bush se tornasse, de um momento para o outro e sem ter feito absolutamente nada, num estadista de primeira categoria. Trump passou a ser a personificação da impreparação e boçalidade (para alguns bem entendido). Eis que quando menos esperamos, aparece Jair Bolsonaro, e assim como Bush, Trump começa a parecer um estadista responsável e culto sem ter feito nada de diferente. Quando acreditamos que a fasquia não pode descer mais, vem a Argentina e elege um louco varrido e de repente Bolsonaro parece um moderado  e sensato intelectual.

 Neste nosso cantinho à beira mar plantado, tínhamos António Costa, um "Xuxialista" como dizem alguns a achar que estão a fazer um trocadilho original e muito engraçado, que era um aldrabão, amigo de Sócrates e que nem falar português sabe. Conseguiram correr com ele da pior maneira possível e agora temos o Pedro Nuno Santos a liderar o maior partido Português. Já não parece tão mau o Costa pois não? E se eu vos disser que o próximo governo, se não for liderado pelo PS de PNS vai ser por uma aliança que se espera democrática com o Nuno da Câmara Pereira ou o André Ventura ou ambos a pertencerem ao governo?

 Ui, volta António Costa, estás perdoado!

 Boa sorte Portugal. Eu vou fazer a minha parte e irei votar em alguém. Não sei quem, não sei com que grau de convicção, mas tenho a certeza que o António Costa deve estar em sua casa, sossegado a pensar:

- Depois de mim virá, que, de mim bom fará.  

E eu concordo com ele.

JB