As palavras, por vezes, são curtas, pedaços de memória espartilhados pelo tempo... Fui surpreendido, há uns dias atrás, pela tristíssima notícia da morte do Jô Soares num corrupio de emoções que saltaram para lá da tela do telemóvel. Conheci o Jô num jantar em casa do meu queridíssimo Nicolau Breyner, um extremoso amigo que deixou imensas saudades, num jantar preparado para que eu pudesse conhecer esse ídolo de uma vida... O Jô! Escusado será dizer que vivi uma (...)
Quem se importa, se me escondo? Quem se importa, com o que sinto? Se vos conto, se vos explico, Ou simplesmente vos minto... Quem se importa, com o que quero gritar? Quem se importa, com o que quero contar? Se nem eu sei, o que tenho a falar, Para me entender, Explicar... O que importam estas minhas mágoas; Estas contradições, angústias, Este labirinto onde me pareço perder... Quem se importa? Quem um dia quererá saber, Que por dentro de mim, Aprisionado, sem querer, (...)
Morreu Sean Connery... Como? Nunca conheci Sean Connery, conhecendo-o, nunca falei com Sean Connery, partilhando com ele memórias inolvidáveis, nunca estive com ele no mesmo espaço, sendo que ele invadiu a sala de estar de casa de meus Pais inúmeras vezes, saltando daquela tela de televisão para os meus sonhos, para o imaginário daquele menino que gostaria de ser o 007. Não tenho palavras, se as palavras fossem importantes neste momento, não tenho amarras, nesse (...)
Durante este fim de semana, fomos surpreendidos com a noticia de um homicídio em Moscavide, um cruel assassinato envolvendo um actor de televisão, um jovem de 39 anos. Este trágico acontecimento abriu telejornais, caiu no mediatismo televisivo e das redes sociais. E muito bem... Graças a Deus, ainda não somos uma espécie de Brasil onde este tipo de noticias são o quotidiano costumeiro dos cidadãos. Em directo, ouvi o depoimento das pessoas que se encontravam no (...)
É tão impressivo quando percebemos que alguém se suicidou... Alguém público, aparentando uma felicidade nas redes sociais, que nos esmaga e penetra nas entranhas da alma. Nunca conheci Pedro Lima, minto, estive com ele uma única vez, na Discoteca Indústria, há muitos anos atrás, era eu um menino... Nesse dia, a altas horas da madrugada, no meio de uma imensidão de gente, Pedro Lima esbarrou neste vosso amigo, entornando o meu copo de Whisky, um néctar de excelência e que (...)