Debaixo daquela janela; Com o rádio colado à orelha Debaixo daquela janela, Chorava, chorei... Por momentos fui feliz; Noutros momentos desesperei Debaixo daquela janela, Tantas vezes gritei... De desespero, de olhos fechados; Ajoelhado e de punhos cerrados Tantas e tantas vezes, Debaixo daquela janela... Naquele quarto; Naquela vida Naqueles momentos que nunca mais voltam, Que nunca mais desaparecem... Aquela criança: Aqueles sentimentos Aquela verdade, (...)
E estamos na semana do Natal, quem diria, ainda ontem era verão, hoje está um vento e chuva que nem se pode...
Como o nosso querido Filipe já publicou, o meu post vai ser mais ou menos nessa linha, a data assim nos "impõe".
Por mim, esta época já podia ter passado, mas como as coisas não são como eu quero, cá vai!
Natal, o natal deveria ser todos os dias, este espírito de solidariedade e amor, deveria viver sempre nos nossos corações.
È pena que muitas pessoas só (...)
É assim a vida, repleta de chegadas e partidas, pessoas que cruzam esse caminho partilhado e permanecem connosco. Foi assim a minha ligação com o Robinson Kanes. Quando o Sapo me propôs uma entrevista para o SapoBlogs, num dos vários itens de perguntas, uma delas era para falar sobre o blog que mais acompanhava diariamente... Escolhi o não é que não houvesse, pois era de facto um blog que me abria o apetite, com a escrita aguçada do seu autor, assim como as suas (...)
Vi-te velhinha; De mãos ao vento, Vazias, calejadas, penduradas, Contando o tormento, E há muito abandonadas... Sentada na porta de uma casa; Com o desespero estampado no rosto, À espera que a morte dê asa, E lhe chame para o seu posto... Nesse dia quem passar; Não mais a irá ver, Provavelmente sem notar, Que a velha acabou de morrer... Mas o que importa uma mulher; Imunda, suja, desesperada, O que importa querer ver, Aquela alma cansada... Esquecemos é (...)
Sentei-me diante das enormes janelas que tem a minha sala de estar, olhando para o lado de fora que se "esconde" na realidade do dia a dia. Um semi-quadrado de janelas, de prédios, de gente... Roupa estendida, vento, árvores e plantas, jarrões e limoeiros, vidas que passam ali ao lado, num espaço tão curto e ao mesmo tempo tão distante, tão ausente e tão presente, tão carregado de tudos e de nadas. Numas janelas moram caras conhecidas, outras ainda mais (...)